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ÍNDICE DE MÉDICOS INFECTADOS CRESCE 71% EM UM ANO NA BA

Redação - 10/02/2022 07:35

O aumento no índice de médicos nos hospitais, clínicas, UPAs e demais unidades de saúde infectados com Covid-19 aumentou em cerca de 71% em um ano na Bahia, causando baixas em hospitais do estado. Nacionalmente, quase nove em cada dez médicos (87,3%) afirmam ter se infectado pelo coronavírus ou conhecem algum colega que contraiu o vírus nos últimos dois meses, aponta uma nova pesquisa inédita divulgada recentemente pela Associação Médica Brasileira.

Com a alta transmissibilidade da variante Ômicron, os profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate da doença relatam aumento de contaminação nos últimos dois meses. Segundo dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entre 1 de janeiro de 2021 a 9 de fevereiro do mesmo ano, 4.062 profissionais da saúde do estado foram infectados pela doença.

Neste ano, no mesmo período, 6.944 profissionais tiveram testes confirmados, mesmo com o esquema vacinal completo. Até a última quarta-feira, 59.637 profissionais da saúde foram confirmados na Bahia durante os dois anos da pandemia, o que equivale a aumento de 70,95% dos casos entre pessoas da área.

Pesquisa

De acordo com uma pesquisa divulgada na última quinta-feira, pela Associação Médica Brasileira e realizada em parceria com a Associação Paulista de Medicina, o fenômeno já atinge todo o país. O estudo, feito com 3.517 profissionais mostra que nove em cada dez médicos afirmam ter se infectado ou conhecem algum colega que contraiu o vírus nestes últimos dois meses.

Entre aqueles que trabalham em locais de atendimento a pacientes do coronavírus, 96,1% também relatam ter percebido aumento no número de casos nos dois últimos meses, enquanto apenas 40,5% percebeu o crescimento no total de mortes por covid. Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos profissionais também relata estar esgotada, apreensiva, estressada e sobrecarregada, tendo em vista que a alta nos casos de síndrome gripal provocou afastamento em massa de profissionais e sobrecarregou as equipes na linha de frente de combate. Por fim, de acordo com os resultados, quase 90% dos médicos ouvidos acreditam que novas variantes devem surgir nos próximos meses.

Segundo Diana Serra, médica da coordenação operacional da Vitalmed, em janeiro o serviço chegou a registrar 30% da equipe afastada simultaneamente por conta de reinfecções da doença. “Em meados de dezembro a gente já começou a notar o maior número de casos da doença nos profissionais, não só médicos, como também profissionais de enfermagem e profissionais do administrativo. Isso teve um impacto direto na operação de todos, porque gerou a demanda de dobrar os plantões dos profissionais não infectados, e isso levou, claro, à exaustão da nossa equipe”, relata.

Foto: divulgação

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