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COPOM PREVÊ EM ATA NOVOS AJUSTES DA SELIC, MAS EM RITMO MENOR

Redação - 08/02/2022 11:19 - Atualizado 08/02/2022

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) projeta novos aumentos da taxa básica de juros nos próximos meses de 2022, mas em ritmo menor. Na semana passada, o colegiado aumentou a Selic em 1,5 ponto – passando a para 10,75% ao ano. A sinalização da autoridade monetária consta na ata do último encontro do Copom, publicada nesta terça-feira (8). Não há, no momento, estimativa se os novos aumentos da taxa básica se darão em 0,25 ponto; 0,50 ponto ou 1 ponto.

Também na ata, o Copom revelou o entendimento que o crescimento econômico aponta para uma retomada, puxada principalmente pelo agronegócio. “O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, ressalta o BC, na nota. “Esmorecimento no esforço de reformas estruturais e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, concluiu.

O cenário de referência projeta uma inflação acima do teto da meta este ano e em torno do centro da meta em 2023.”A inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes, e segue se mostrando mais persistente que o antecipado. A alta nos preços dos bens industriais não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou, ainda refletindo a gradual normalização da atividade no setor”, avalia o Copom.

Para os membros do Copom, além deste cenário, há riscos externos e internos de um descontrole nos preços. Nos outros países, a possibilidade de uma mudança na política de juros mais forte nos Estados Unidos e a evolução da Covid-19 segue no radar. A maioria das commodities está com cotação internacional em alta, destaca o Copom. No ambiente interno, o BC reitera o papel de reformas estruturais e a aversão a medidas que simbolizem afrouxamento fiscal.

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

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