O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 2,5 pontos em janeiro. O indicador do FGV Ibre que agrega o “humor” de quatro setores econômicos teve queda disseminada no período. A maior ocorreu em Serviçoes (4,3 pontos ), aparecendo na sequência Construção (-3,9 pts.), Indústria (-1,7pts.) e Comércio (-0,4 pts.). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador recuou pela quarta vez seguida em janeiro, agora em 3,0 pontos. O ICE acumula perdas de 10,9 pontos desde setembro de 2021, num movimento iniciado na Indústria. ” A confiança do setor de Serviços, mais resiliente até o final do ano, foi a que mais caiu em janeiro, sob influência da piora do quadro pandêmico com a chegada da variante ômicron ao Brasil, explanou o superintendente de Estatísticas do FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr.
O pesquisador observa que o resultado preocupa, “já que os segmentos mais dependentes de consumo presencial empregam muito e somente agora estavam conseguindo retornar a níveis de confiança comparáveis com os do período pré-pandemia”. Em janeiro, as avaliações sobre a situação atual e nas expectativas para os próximos meses recuaram pela terceira vez seguida e acumulam perda de mais de oito pontos nesse período. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) marcou 91,3 pontos, menor nível desde abril de 2021 (87,8 pts). Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-E) está em 91,4 pontos – menor valor desde março de 2021 (85,2 pts).
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