Devido o cenário epidemiológico da Covid-19 com a predominância da variante Ômicron e os casos de Influenza H3N2 em nível elevado, o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, enviou um comunicado oficial aos padres e diáconos, reforçando a necessidade dos cuidados de enfrentamento diante da fase atual da pandemia.
Diante do decreto estadual em vigor desde o último dia 24 de janeiro, com a redução de público em eventos, o arcebispo solicitou que líderes religiosos se empenhem a cumprir as normas sanitárias estabelecidas.
Dentre as medidas restritivas reforçadas pelo arcebispo, estão à ocupação máxima limitada a 50% da capacidade do local e presença de público não superior a 1.500 pessoas, controle dos fluxos de entrada e saída nas dependências do local, instalações físicas amplas que permitam ventilação e respeito ao distanciamento social e o uso de máscaras.
“Temos a grave responsabilidade de continuar a colaborar para preservar a vida e a saúde da população, evitando enfermidades e mortes. Não temos competência para deliberar normas no campo da saúde pública, principalmente, no grave cenário de pandemia. É preciso redobrar o cuidado para não propagar as denominadas “fake news” a respeito da pandemia, que são de fato “mentiras” que atentam contra a vida das pessoas, induzindo-as a não observarem as medidas de saúde pública estabelecidas ou a não se vacinarem”, disse Dom Sergio em trecho no comunicado.
Seguindo também as normas e orientações litúrgicas propostas pela Santa Sé e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), continua proibido o abraço da paz, não dar as mãos em momentos de orações, ao comungar receber a hóstia na mão e nenhuma distribuição de folhetos litúrgicos.
Além disso, a distribuição da comunhão deve ser feita com o uso de máscara facial e a prévia higienização das mãos, na procissão para a comunhão eucarística os fiéis devem respeitar o distanciamento recomendado e os microfones devem ser devidamente higienizados.
“Podemos dizer que já estamos treinados para isso, uma vez que já tivemos que adotar essas medidas em outras ocasiões, infelizmente tem que retomar novamente devido o aumento no número de pessoas contaminadas. Não teremos alteração da programação nas igrejas, sobretudo, porque nós aprendemos a importância da utilização das redes sociais. Em muitas paróquias são transmitidas as missas, e os católicos já criaram um hábito de acompanhar as programações; é um sacrifício e uma renúncia que todos nós temos que fazer em vista de uma causa justa que é a nossa proteção”, afirmou padre Edson Menezes, reitor da Basílica Santuário Senhor do Bonfim.
Fonte: Tribuna da Bahia, Salvador
Foto: Romildo de Jesus