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MEDICAMENTO USADO CONTRA COVID NO BRASIL É SUSPENSO NOS EUA

Redação - 25/01/2022 14:34 - Atualizado 25/01/2022

A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, suspendeu o uso de dois medicamentos para Covid-19 em todo o território nacional. De acordo com o órgão, os coqueteis de anticorpos monoclonais da Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) da Eli Lilly (bamlanivimabe e etesevimabe) não são eficazes contra a Ômicron, principal variante em circulação no país atualmente. Ambos os medicamentos estão aprovados no Brasil. Ainda não há decisão da Anvisa sobre a suspensão da autorização no país.

A decisão foi publicada na segunda-feira. Em comunicado, a diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Patrizia Cavazzoni, disse que os dados mostram que os dois tratamentos com anticorpos “são altamente improváveis de serem ativos contra a variante omicron, que está circulando em uma frequência muito alta nos Estados Unidos”. A Ômicron é responsável por mais de 99% dos casos nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Os anticorpos monoclonais são proteínas fabricadas em laboratório que imita o sistema de defesa natural do organismo. Os medicamentos, aplicados em ambiente hospitalar via infusão e destinados a pessoas de alto risco, receberam aprovação de uso emergencial no ano passado e foram administrados em milhões de pacientes nos EUA. Entretanto, recentemente, os fabricantes disseram que os esse tratamento é menos eficaz contra a Ômicron por causa de suas mutações. A suspensão do uso desses medicamentos já havia sido recomendada pelo Painel de Diretrizez para o Tratamento da Covid-19 dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

A agência ressalta que outras terapias para o tratamento de pacientes com sintomas leves de Covid-19, que correm um risco aumentado de complicações, estão disponíveis no país. Elas incluem um anticorpo monoclonal fabricado pela GSK em parceria com a Vir Biotechnology (sotrovimabe) e pílulas antivirais da Pfizer e da MSD em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics. Além disso, a FDA afirmou que se esses medicamentos se mostrarem eficazes contra futuras variantes, seu uso pode ser reautorizado.

Foto: divulgação

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