Cerca de 35% das famílias baianas cadastradas no CadÚnico são monoparentais femininas, ou seja, lideradas por mulheres sem cônjuge. A porcentagem representa 960.763 famílias. Os dados são do estudo realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).
A pesquisa foi feita em 2020 e resultou na publicação “Perfil da monoparentalidade feminina na Bahia: atualizações e novas temáticas”, lançada nesta terça-feira, 25. O conceito de família monoparental está relacionado com a uma mãe ou a um pai que vive sem cônjuge e com filhos dependentes.
A pesquisa ainda mostra que a maioria das mulheres que chefiam famílias monoparentais são negras, com baixa escolaridade e em situação de extrema pobreza. “O estudo revela a questão fundamental: a relação que existe entre a dominação patriarcal, o racismo estrutural e a desigualdade social”, disse Julieta Palmeira, titular da SPM, durante o lançamento virtual transmitido através do YouTube da SEI.
Ainda segundo os dados da pesquisa, a maioria das mulheres se autodeclararam negras (89,4%), com idade entre 25 a 49 anos (75,1%), que cursaram até o ensino fundamental completo (55,3%) e, as que declararam ter alguma ocupação fora dos lares, trabalham por conta própria (69,6%). Predominam as famílias em situação de extrema pobreza, com renda per capita familiar mensal de até R$ 89,00 (74,5%).
Foto: Reprodução/Filantropia