O pagamento de R$ 400 mensais a 17,5 milhões de famílias inseridas no Auxílio Brasil deve injetar R$ 84 bilhões na economia brasileira este ano. Deste montante, 25% se destinará a pagamento de dívidas. Outros R$ 28 bilhões – de um total de R$ 59 bilhões destinados ao consumo – irã opara pagamentos no comércio varejistas. Os números integram estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O programa entrou em vigor em novembro último, em substituição ao Bolsa Família.A CNC projeta que R$ 31,12 bilhões sejam desembolsados para atividades de Serviços, e os beneficiários poupem 3,83% do total (R$ 3,21 bilhões).
“Diante das ainda frágeis condições econômicas e das características de consumo do público elegível ao benefício, a maior parte dos recursos deve ser direcionada para o consumo imediato”, avalia o o presidente da CNC, José Roberto Tadros. O economista Fábio Bentes, responsável pela pesquisa, lembra que mesmo com uma queda do endividamento entre o segundo e o terceiro trimestres de 2020, os desdobramentos econômicos da crise sanitária voltaram a pressionar os débitos das familias no final do ano passado. “Assim, diante desse avanço, a tendência é que uma parcela significativa do Auxílio Brasil seja direcionada para a redução do endividamento”, avalia o economista.
Foto: reprodução do site da FGV Ibre