Agricultores familiares de comunidades rurais do município de Sobradinho, Território de Identidade Sertão do São Francisco, apostam na produção de acerola, cujo consumo tem aumentado em momento de pandemia. A justificativa é que cada vez mais pessoas têm procurado a fruta rica em vitamina C.
E diante do desejo de aumentar a imunidade, a safra da acerola na região promete ter um aumento de mais de 60% neste ano. A colheita dos filiados à Cooperativa Agroindustrial Vale do Paraíso (Cooperparaíso) teve início no último mês de novembro. A previsão é que termine no próximo mês de maio e alcance 700 toneladas. No ano passado, foram colhidas 450 toneladas da fruta.
A Cooperparaíso se destaca no mercado orgânico com a produção de 200 hectares de acerola, que é vendida, in natura, para a multinacional Sono Brasil, empresa inglesa com sede no município baiano de Nova Soure. A multinacional é responsável pelo processamento de frutos tropicais e transforma a acerola em vitamina C, para o mercado europeu.
O Governo do Estado, por meio dos projetos Pró-Semiárido e Bahia Produtiva, investiu cerca de R$ 6,2 milhões na cooperativa. Os recursos foram direcionados para a requalificação da Agroindústria Polivalente de Frutas, estruturação da base produtiva, construção de adutoras, apoio à gestão e produção, equipamentos, máquinas, assistência técnica e extensão rural (Ater), entre outros investimentos.
Com os recursos aplicados foi possível lançar uma linha de sucos concentrados de acerola, com 70% de polpa e 30% de água, levemente adocicados e orgânicos e também sucos de manga, com 90% de polpa, sem adição de açúcares. Os produtos são vendidos na região ou sob encomenda.
A agroindústria representa o fortalecimento do sistema produtivo da fruticultura irrigada e beneficia 232 agricultores familiares que produzem frutas na região, gerando uma renda mensal de até R$5 mil.
De acordo com o presidente da cooperativa, Josivan Souza, as expectativas para 2022 são as melhores. “Os agricultores estão incentivados a aumentarem o plantio e a ingressarem nessa nova atividade, mais rentável. A receita da cooperativa, que no ano passado foi de R$1,5 milhão, deve aumentar para R$2 milhões”.
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