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AEROPORTO DE LENÇÓIS PERMANECE FECHADO

Redação - 10/01/2022 09:15 - Atualizado 10/01/2022

Com paisagens exuberantes e roteiros de tirar o fôlego, a Chapada Diamantina é o lugar perfeito para quem procura sossego ou aventura. A principal porta de entrada para a região é a cidade de Lençóis, que costuma receber turistas não só da capital baiana, mas de outros estados e países. O problema é que desde de março de 2020 o aeroporto da cidade teve as atividades interrompidas, o que vem causando impactos para comerciantes locais e dificultado o acesso à Chapada.

O Aeroporto de Lençóis recebia voos de Salvador às quintas-feiras e domingos; além de outros vindos de São Paulo e Belo Horizonte. A Secretaria de Turismo e Cultura de Lençóis relata que cerca de nove mil passageiros circulavam pelo local  por ano. Todos eram operados pela Azul Linhas Aéreas. A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) afirma que a atividade com as aeronaves da aviação regular foram suspensas por conta da pandemia e ainda não foram retomadas porque falta uma empresa administradora.

A maior parte dos passageiros, de acordo com comerciantes e moradores locais, eram turistas de fora da Bahia, vindos especialmente do eixo Rio-São Paulo e Minas Gerais. Como os voos só aconteciam duas vezes na semana, essas pessoas costumavam ficar mais tempo na região, se comparado com moradores de locais mais próximos, como Salvador – que fica a 420 quilômetros de distância de Lençóis. O Aeroporto Horácio de Matos é a porta de entrada para a Chapada Diamantina, principalmente para os turistas vindos de fora da Bahia.

A previsão do faturamento da cidade de Lençóis, neste cenário de arrefecimento da pandemia, era de um aumento de cerca de 20%. Entretanto, com as restrições impostas pela falta das viagens a expectativa cai para 10%, de acordo com Dulce Ferrero, dona de dois restaurantes no município e presidente da Associação Comercial, Empresarial, Industrial, Agrícola e de Serviços de Lençóis (Acel).

“Com o fechamento do aeroporto, ficamos restritos ao turismo regional, das pessoas que vêm de carro ou ônibus. A retomada dos voos é fundamental para restabelecer o fluxo de turistas de outros locais, que estão impossibilitados de vir para a região de uma forma mais facilitada”, afirma Dulce Ferrero, que é paulista mas mora há seis anos na localidade. A empresária também lembra que até chegar no coração da Chapada Diamantina, os viajantes enfrentam vias de difícil acesso.

Os voos que saiam de Salvador com destino à Lençóis tinham duração de cerca de uma hora e podiam ser comprados por menos de 300 reais, com antecedência, e chegavam a custar 1.500 reais durante a alta temporada. Já a viagem de ônibus, que tem um valor de pelo menos 90 reais, tem cerca de sete horas de duração.

Foto: divulgação

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