O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), vinculado à Rede Ebserh, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), está conduzindo os estudos que testam a eficácia da pílula desenvolvida pela Pfizer para tratar a covid-19.
O remédio, chamado de Paxlovid, já teve o uso emergencial aprovado em países como Estados Unidos e Israel, além da Europa. É um composto feito a partir de um medicamento antiviral denominado nirmatrelvir combinado com ritonavir.
O Hupes será o único centro do estudo, realizado em escala mundial, na Bahia. Segundo dados preliminares da Pfizer, a pílula tem eficácia de 89% na prevenção de casos graves para quem foi infectado.
Gerente de Ensino, Pesquisa e Extensão do Hupes, o infectologista Carlos Brites explica que não há restrições quanto ao número de voluntários. Podem participar pessoas não vacinadas com casos confirmados de covid na família ou próximos em até cinco dias. “Os voluntários tomarão o remédio por dez dias e, assim, esperamos que a pílula impeça o desenvolvimento da infecção”, afirma o médico.
Se aprovado, o Paxlovid deverá ser usado logo após o aparecimento dos sintomas em pessoas com alto risco de desenvolver a forma grave da doença.
A Pfizer informou que os estudos ocorrem em 29 centros de pesquisa nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Além do Brasil, testes ocorrem nos Estados Unidos, Hungria, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Polônia, Porto Rico, Tailândia e Turquia.
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