O jornalista e economista Armando Avena, editor do Bahia Econômica, disse, em sua coluna publicada nesta quinta-feira no jornal A Tarde, que a direção do Esporte Clube Bahia fez um muita coisa em 2021, mas não cuidou o suficiente do “core business” do clube, que é o futebol. Avena afirmou que em economia uma regra básica é que a empresa coloque sempre em primeiro lugar seu “core business”, que é o “núcleo do negócio”, sua. principal atividade
Avena comparou o Bahia a uma empresa cuja direção resolveu atuar em muitas frentes, mudando o uniforme dos funcionários, pintando a fachada da sede, fazendo políticas sociais e campanhas de apoio aos direitos humanos, mas, como deu pouca atenção ao produto que vendia, no final do ano teve prejuízo.
“Se o presidente Bellintani não aprender essa lição, o Bahia vai continuar dando prejuízo na série B”, disse o economista. No entanto, a julgar pelas declarações dadas em coletiva à imprensa no dia de ontem, o foco da direção do Bahia em 2022 não parece ser o futebol. O Bahia perdeu seus principais jogadores e não parece disposto a montar um grande time para disputar a Série B que será tão disputada quanto a Série A. “Nosso movimento hoje não é de buscar atletas, é de adequar o elenco”, reconheceu o presidente do clube.
Bellintani estaria colocando todas as expectativas na comissão técnica e em Guto Ferreira, que já tirou o Bahia da Série B uma vez, mas analistas afirmam que não adianta ter uma boa comissão técnica sem um elenco experiente. O elenco do Bahia tem previsão de ter 30 a 32 jogadores, mas é uma mistura daqueles que menos se destacaram no time atual com alguns destaques da divisão de base, o que não parece ser suficiente para enfrentar Grêmio, Cruzeiro, Vasco, Sport e outros. Mais uma vez Bellintani privilegia a situação financeira, sem perceber que o Bahia só sairá do buraco financeiro se sair vitorioso no campo.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
