Por Thiago Conceição
O preço da gasolina no estado, a exemplo do que aconteceu no resto do país, teve um aumento acumulado de 70% em 2021, segundo análise feita pelo Sindicombustíveis-BA. Para o próximo ano, a expectativa é que o preço da gasolina e demais alternativas de combustíveis fiquem voláteis.
Em entrevista ao Bahia Econômica, o secretário-executivo do Sindicombustíveis-BA, Marcelo Travassos, explica que as variações estarão ligadas com o preço do barril do petróleo, que por aqui sofrerá influência do mercado interno e de acontecimentos como as eleições presidenciais.
“Os índices de preços dos combustíveis têm na sua composição uma forte tendência de seguir os preços internacionais. No caso do barril do petróleo, a gente costuma observar que o preço fica volátil com questões geopolíticas, então colocamos na balança fatores como a própria expectativa por uma quinta onda da Covid-19 e as eleições de 2022”, diz Travassos.
O secretário-executivo explica que o ano eleitoral tem o condão de pressionar a taxa de câmbio no país, pois cria a expectativa dos investidores com a possibilidade de escolha de candidato “A” ou “B”, fator determinante para a tomada de decisões como a retirada de dinheiro no mercado internacional.
“Vale destacar também que 2021 foi marcado por aumento de preços até nos combustíveis que são considerados alternativas para a gasolina, a exemplo do etanol, do gás natural. Para 2022, o momento é de cautela, pois é provável que vamos enfrentar cenários como a escassez de água nas nossas usinas de termo energia”, conclui Travassos.
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