Diversas categorias de servidores públicos federais reúnem-se em assembleias nesta quarta-feira (29) para deliberarem sobre uma greve conjunta. O movimento é uma reação ao orçamento da União, aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, que prevê reajuste apenas para profissionais da área de segurança. Auditores da Receita Federal já paralisaram e avaliam ampliar a greve em portos e aeroportos.
Por meio de comunicado oficial, o Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) informou ser possível que uma paralisação geral comece em breve. “Ela pode se iniciar antes da data do retorno do recesso parlamentar, em 2 de fevereiro de 2022”, diz a entidade, no texto. Subordinados ao Ministério da Agricultura, auditores federais agropecuários adotaram a operação-padrão na última segunda-feira (27). A categoria é responsável por inspecionar produtos animal ou vegetal em portos e aeroportos, e reivindica correção salarial e realização de concurso público para reposição do quadro de servidores.
Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é resistente a reajustes gerais. No último domingo (26), ele enviou um posicionamento ao presidente Jair Bolsonaro, ministros e a integrantes de sua equipe econômica com seus argumentos. Guedes insiste que a reestruturação das carreiras federais é a melhor solução, “melhor ainda se dentro de uma reforma administrativa”, que cortaria “R$ 30 bilhões por ano e, assim, poderia aumentar 10% dos salários do funcionalismo após a reforma”. Ele comparou o possível aumento à tragédia de Brumadinho, em 2019, quando o rompimento de uma barragem de mineração matou dezenas de pessoas. “Temos de ficar firmes. Sem isso, é Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos até explodir barragem e morrerem todos na lama”.
Fonte: site Metrópoles
Marcello Casal Jr/Agência Brasil