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SETOR DE BARES E RESTAURANTES PEDE URGÊNCIA NA SOLUÇÃO DO REFIS

Redação - 28/12/2021 08:30

A decisão da Câmara dos Deputados de adiar para 2022 a votação do novo Refis, programa de renegociação e parcelamento de dívidas, para as médias e grandes empresas frustrou os empresários brasileiros que aguardavam a aprovação do projeto para evitar que mais empresas tenham problemas fiscais com o simples nacional.

Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Leandro Messias de Alcântara Menezes, presidente do Conselho de Administração da Abrasel na Bahia, afirmou que o projeto ficar para 2022 foi um duro golpe nas empresas baianas que contavam com a aprovação do tema para evitar mais um desequilíbrio nas contas do setor no estado.

“A aprovação do Refis é fundamental para que as empresas tenham folego para se mantar vivas nesse momento que o país se encontra , saindo de uma pandemia com varias empresas fechadas e o segmento pedindo ações de reparação. O adiamento, já é muito prejudicial para o setor e caso não seja resolvido logo o setor pode voltar a trabalhar no prejuízo”, explicou.

A maior reclamação é de que os parlamentares fizeram uma votação “relâmpago” do Refis das micro e pequenas empresas e deixaram para trás as médias e grandes companhias, que estão em situação delicada, ao mesmo tempo em que derrubaram veto, que abre caminho para um fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões.

Além disso, foi estimado que o governo pode ter uma perda de R$ 92,1 bilhões em 2022, caso a Câmara aprovasse o Refis com mudanças que favorecem grandes empresas devedoras. O governo arrecadaria R$ 35,7 bilhões com as adesões, mas a renúncia com descontos e uso de créditos para abater o valor da dívida é bem maior, de R$ 127,8 bilhões.

O setor empresarial alertou que o atraso no Refis, que daria fôlego de caixa às empresas, vai prejudicar ainda mais a retomada do crescimento. Lideranças empresariais consideram um equívoco o governo ter trabalhado pelo adiamento, que custará mais para a retomada do crescimento que já foi comprometida em 2022 pela política de alta dos juros em curso pelo Banco Central.

Foto: divulgação

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