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‘NÃO É POSSÍVEL RECUPERAR AS ESTRADAS COM R$ 80 MILHÕES PARA O NORDESTE’, DIZ RUI

Redação - 28/12/2021 16:47 - Atualizado 28/12/2021

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou nesta terça-feira, 28, que os repasses anunciados pelo governo federal para recuperar rodovias atingidas pelas enchentes no Estado são insuficientes. “Não é possível recuperar as estradas federais com R$ 80 milhões para o Nordeste, R$ 80 milhões não dá para recuperar as (estradas) da Bahia, pelos estragos que têm, vários rompimentos”, disse Costa em Ilhéus (BA) ao final de pronunciamento, ao lado de ministros, de anúncio de medidas de combate aos efeitos da tragédia.

O presidente Jair Bolsonaro editou nesta terça medida provisória que destina R$ 200 milhões para recuperação de rodovias. De acordo com nota da Secretaria Geral da Presidência, os recursos têm por finalidade melhorias nas estradas do Amazonas, da Bahia, de Minas Gerais, do Pará e de São Paulo.

Já o texto da MP publicado no Diário Oficial da União define que, do total, serão R$ 80 milhões para o Nordeste, R$ 70 milhões para o Norte e R$ 50 milhões para o Sudeste. As chuvas atingem a região sul baiana desde novembro e deixaram 20 pessoas mortas, 31.405 desabrigadas, 31.391 desalojadas e 358 feridos. De acordo com a Defesa Civil da Bahia, o número de municípios atingidos chegou a 116.

Para justificar a falta de repasses para a Bahia, o ministro também citou a necessidade de outros Estados, como Goiás, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Piauí. “Temos pelo menos sete Estados hoje com problemas de chuvas torrenciais. Não tão fortes aqui como no extremo sul da Bahia, mas cada um com sua realidade”, pontuou.

Hoje, em reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deputados federais afirmaram que seria necessário pelo menos R$ 1 bilhão para reconstruir pontes e estradas apenas na Bahia.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, por sua vez, pediu “um pouco mais tempo” ao governador para ter uma dimensão exata da tragédia na Bahia.

“Vamos precisar de um pouco mais de tempo para recebermos esses informes e aí teremos a capacidade e a condição de termos o montante e esse montante será fruto de medida provisória de crédito extraordinário”, afirmou o ministro.

 

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