Os investidores brasileiros afirmam que as práticas ESG, sigla destinada para a governança ambiental, social e corporativa de uma empresa, são responsáveis por tomadas de decisão de investimentos. O comportamento foi observado em 79% dos mais de 360 investidores ouvidos por pesquisa da PwC, divulgada nesta quarta-feira, 22.
Do total, quase metade, 49%, afirmam que pretendem retirar recursos de empresas sem ações reais em ESG. Os participantes do estudo são gestores de ativos, analistas de grandes empresas e bancos de investimento e corretoras. Para 82%, o ESG deve estar diretamente ligado às estratégias de negócios das companhias.
O total de 66% dos participantes ainda afirmou que o responsável pelas políticas e estratégias ESG deve ser um executivo com cargo de alto nível e grande responsabilidade. Para 53% dos investidores, o CEO da empresa deveria ser a figura à frente dessas ações.
No âmbito das prioridades em ESG, os investidores ouvidos pela firma colocaram a redução das emissões de carbono como o grande destaque (65%), seguido de oferecer um ambiente seguro de trabalho e promover diversidade e inclusão nas equipes e nas diretorias (44%).
A maioria dos participantes do estudo (75%) afirma que vale sacrificar a lucratividade de curto prazo em prol das questões ESG. “Essas descobertas devem dar algum conforto às empresas que poderiam temer uma eventual crítica por parte de investidores diante de reduções no lucro por ação”, diz Mauricio Colombari, sócio da PwC Brasil, em nota.
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