A CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte indiciou políticos, servidores públicos e empresários na investigação que trata sobre a compra frustrada de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste, no valor de R$ 48,7 milhões, entre eles o governador Rui Costa e o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster.
A governadora Fátima Bezerra do PT e os ex-ministros de Estado Carlos Gabas e Edinho Silva também foram indiciados. O indiciamento foi por improbidade administrativa. Bruno Dauster era a pessoa que estava à frente das negociações, segundo o relatório.
O relatório do deputado Francisco do PT não incluia a governadora do Rio Grande do Norte e o governador da Bahia, tampouco Bruno Dauster, sugerindo inicialmente apenas o indiciamento de quatro pessoas por estelionato: Cristiana Prestes Taddeo e Luiz Henrique Ramos Jovino, da Hempcare, além dos empresários Paulo de Tarso Carlos, da Biogeoenergy, e Cleber Isaac Ferraz Soares.
Mas, na sessão desta quinta-feira, os deputados Gustavo Carvalho (PSDB), Getúlio Rêgo (DEM) e o presidente da CPI, Kelps Lima (Solidariedade), apresentaram voto parcialmente divergente, que foi aprovado e acrescido ao relatório.
O presidente da CPI, Kelps Lima do Solidariedade afirmou que houve “nível sem precedentes de negligência” e que, além da Governadora do Estado, deveria ser indiciados, o governador da Bahia, Rui Costa, que era o presidente do Consórcio Nordeste, e o ex-ministro Carlos Gabas, até hoje o secretário-executivo do Consórcio Nordeste e que já ocupava o cargo na ocasião do pagamento do contrato investigado.
O ex-secretário Bruno Dauster afirmou que o indiciamento foi político e não há materialidade. O relatório com os indiciamentos serão enviados aos Ministério Público.