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REDUÇÃO DE 3% É “ÍNFIMA”, AFIRMA FEDERAÇÃO ÚNICA DOS PETROLEIROS

Redação - 16/12/2021 16:53 - Atualizado 16/12/2021

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta quinta-feira, 16, que a “ínfima” redução de 3% no preço do litro da gasolina anunciada pela Petrobras não altera “em nada” a vida dos brasileirosEm nota, a entidade ainda destacou que a ação não sinaliza as mudanças na política de preços abusivos que é praticado desde 2016, quando a Petrobras passou a reajustar os índices de preços dos combustíveis com base no Preço de Paridade de Importação (PPI).

“A redução de apenas 10 centavos no preço da gasolina para as distribuidoras em nada mudará o custo de vida do cidadão brasileiro. Sabemos, infelizmente, que a estatal terá dificuldade repassar para o consumidor a baixa de 18,7% no barril de petróleo, reduzindo também os preços dos derivados nas suas refinarias, tendo em vista os compromissos feitos com os seus acionistas”, afirma o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

Segundo o dirigente, a baixa insignificante ocorre após  reajustes acumulados no ano de 60%, que fizeram da gasolina o principal item da inflação. A FUP acrescenta que os preços dos combustíveis estão descolados da realidade dos brasileiros, que sofrem com a disparada da inflação, pressionadas pela cruel política de preços da gestão da Petrobrás. “Para mudar esta realidade, basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e os custos de importação e passar a considerar também os custos nacionais de produção”, diz Bacelar.

O coordenador-geral ainda reforça que 90% dos derivados de petróleo que o Brasil consome são produzidos no Brasil, em refinarias da Petrobras. Em 2021, a disparada dos preços dos derivados de petróleo no Brasil – principalmente, gasolina, diesel e gás de cozinha –  voltou a pressionar a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já acumula alta de 9,26% no ano e atingiu 10,74%, nos últimos 12 meses, a maior taxa registrada desde novembro de 2003, segundo o IBGE.

Em novembro, os itens combustíveis e energia foram os que mais influenciaram o resultado da inflação. Apenas a gasolina, que subiu 7,38% no mês, foi responsável por metade da inflação do mês: 0,46 pontos percentuais do IPCA de 0,95%. Nos últimos 12 meses, o combustível acumula aumento de 50,78%. O IBGE também registrou altas no etanol (10,53%), óleo diesel (7,48%) e gás veicular (4,30%). Com isso, o grupo Transportes subiu 3,35%.

Foto: Reprodução

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