A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) anunciou que intensificou as ações de assistência e vigilância à saúde nos municípios afetados pelas fortes chuvas que atingiram o sul e extremo sul da Bahia. Além do auxílio com materiais e insumos, os trabalhos se concentram também em reestruturar a capacidade instalada dos municípios, na área da saúde, para prestar assistência à população.
Medicamentos, testes rápidos, vacinas, soro antiofídico e hipoclorito, popularmente chamado de água sanitária, estão entre os principais itens disponibilizados para as gestões municipais de Saúde.
A Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde do Estado da Bahia (Suvisa), ligada à Sesab, envolveu diretorias na força-tarefa.
“Estamos garantindo o apoio técnico com as diferentes áreas da vigilância de saúde, a vigilância epidemiológica, a vigilância sanitária e ambiental, vigilância e saúde do trabalhador. O CIEVS [Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde], que norteia e articula todas essas ações, está envolvido, e o Laboratório Central, como retaguarda, também”, explicou Gabriel Muricy, assessor técnico da Suvisa, que coordena os trabalhos na sala de comando.
Com atividades coordenadas pela pasta, também estão em atuação na região equipes do Ministério da Saúde, Força Nacional do SUS, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Cruz Vermelha.
Visitas a abrigos
Os abrigos montados de forma emergencial para receber famílias desabrigadas ou desalojadas por conta das enchentes estão sendo vistoriados. Equipes formadas por agentes da vigilância sanitária estadual, Ministério da Saúde e da Secretaria de Assistência Social do município de Itamaraju inspecionam os locais para analisar as condições de infraestrutura, saneamento e organização dos abrigos, além de colher dados básicos para identificação das pessoas que estão sendo atendidas.
Cerca de 11 locais, entre escolas, casas de apoio e outras estruturas utilizadas como abrigo, nas zonas urbana e rural de Itamaraju, estão no roteiro de visitas para análise das condições estruturais, sanitárias e análise de melhorias para dar mais conforto e segurança às famílias alojadas.
Os números de atendidos nos abrigos variam, à medida que muitas famílias que não tiveram suas casas destruídas ou comprometidas decidem retornar às residências, com o fim do alagamento, ou passam a se abrigar em casas de parentes.
Unidades de Saúde
Agentes da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa), ligada à Sesab, também realizaram visita ao Hospital Municipal de Itamaraju. O objetivo foi acompanhar, junto com a direção da unidade, o andamento dos atendimentos, fluxo de pacientes, principais doenças diagnosticadas, e investigar a relação com as recentes enchentes que afetam a região.
Nos atendimentos pediátricos, o aumento nos casos com sintomas, como diarreia, vômito e febre, pode estar relacionado aos efeitos das enchentes. “Os pais devem ficar atentos aos sinais de alerta. Se as crianças apresentarem esses sintomas devem, de imediato, procurar uma unidade básica de saúde para investigação”, explicou a pediatra do hospital municipal, Juliana Bissetti.