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CAMPOS NETO ACREDITA EM CRESCIMENTO MESMO COM JUROS ELEVADOS

Redação - 15/12/2021 09:45

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou ontem que a capacidade do país crescer é mais fundamental para a sustentabilidade fiscal do que os “ruídos de curto prazo” que aparecem. Campos Neto participou de um evento do Tribunal de Contas da União (TCU). Na primeira fala sobre situação fiscal e política monetária após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar os juros para 9,25%, Campos Neto ressaltou que há um questionamento dos agentes econômicos sobre a capacidade do país crescer estruturalmente. Para o presidente do BC, a questão é mais sobre as dúvidas sobre o crescimento do país do que essas discussões.

“Um pedaço sim está associado aos ruídos do curto prazo e a esse entendimento que você cria um gasto mais permanente, que precisa identificar fonte, mas tem uma questão que é mais fundamental. Existe um questionamento agora em relação a qual a capacidade do país de crescer e se o país não crescer, posso ter grandes esforços, grandes medidas paliativas de curto prazo, mas eu não vou conseguir atingir a sustentabilidade fiscal”, explicou.

Com queda na atividade nos últimos dois trimestres, o país entrou em recessão técnica, e as expectativas de mercado para 2022 vem piorando. A atual projeção mostrada pelo Focus é de crescimento de 0,5% no próximo ano. Campos Neto questionou porque os números fiscais positivos dos últimos meses não foram refletidos nas expectativas dos agentes econômicos, mas sim os “desarranjos” fiscais. Em seguida, colocou esse fator de crescimento como mais importante. Nos últimos tempos, a discussão sobre a PEC dos Precatórios e as mudanças promovidas pelo governo e pelo Congresso para abrir espaço para gastos em 2022 causou inseguranças no mercado, que revisou suas expectativas de inflação e crescimento.

Foto: divulgação

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