De acordo com um novo relatório do Comitê para Proteção dos Jornalistas, organização sem fins lucrativos, 293 repórteres foram detidos em todo o mundo. Além disso, pelo menos outros 24 foram mortos por causa de sua cobertura, e outros 18 morreram em circunstâncias que tornam muito difícil determinar se eles foram alvos por causa de seu trabalho. A informação consta no relatório anual do comitê, divulgado nesta quinta-feira (9), sobre liberdade de imprensa e ataques à mídia.
Os destaques negativos ficam com a China, que prendeu 50 jornalistas, maior número em todo o mundo, seguida por Mianmar, com 26 profissionais da imprensa detidos como parte de uma repressão após o golpe militar em fevereiro. Depois aparecem Egito (25), Vietnã (23) e Bielo-Rússia (19).
Pela primeira vez, a lista inclui jornalistas encarcerados em Hong Kong – um subproduto da lei de segurança nacional de 2020, que torna qualquer coisa que Pequim considera como subversão, secessão, terrorismo ou conivência com forças estrangeiras puníveis com pena de prisão perpétua.
O México, onde jornalistas costumam ser visados quando seu trabalho perturba gangues criminosas ou funcionários corruptos, continua sendo o país mais letal do hemisfério ocidental para os repórteres.