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EM 2020, SALVADOR TEVE AUMENTO DA EXTREMA POBREZA E PASSOU A SER A CAPITAL COM MAIOR PROPORÇÃO DE EXTREMAMENTE POBRES

Redação - 03/12/2021 14:30

Embora a análise dos rendimentos domiciliares per capita sem o efeito dos benefícios de programas sociais não tenha sido feita para as capitais, a evolução da população abaixo das linhas de pobreza e extrema pobreza monetária em Salvador, no ano passado, sugere que o impacto positivo dessas transferências de renda no município não foi tão importante quanto no estado como um todo.

Em 2020, 22,3% dos moradores da capital baiana estavam abaixo da linha de pobreza, o que significa que 643 mil pessoas viviam com rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 443 por mês. Esse número praticamente não se alterou em relação a 2019, quando 642 mil pessoas estavam nessa situação em Salvador (22,4% da população naquele ano).

Diferentemente do que ocorreu nos estados, entre 2019 e 2020, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza cresceu em 16 das 27 capitais. Salvador teve o menor aumento. No ano passado, o município se manteve com o 5o maior número absoluto de pobres e tinha o 14o percentual entre as capitais (era o 15o em 2019). Já o número de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza monetária cresceu de forma importante na capital baiana, entre 2019 e 2020. Passou de 146 mil para 241 mil pessoas, o que representou um aumento de 64,8% ou mais 95 mil pessoas extremamente pobres em um ano.

Entre 2019 e 2020, o número de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza cresceu em 15 das 27 capitais. Salvador teve o terceiro maior aumento absoluto (+95 mil pessoas), abaixo apenas de Rio de Janeiro (+204 mil) e São Paulo (+180 mil). Em termos percentuais, o aumento soteropolitano foi 6o mais elevado. Assim, no ano passado, 8,4% da população da capital baiana estava abaixo da linha de extrema pobreza, ou seja, viviam com um rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 153 por mês. O percentual era de 5,1% em 2019. Com esse crescimento, Salvador passou a ser a capital brasileira com maior proporção da população vivendo em situação de extrema pobreza monetária. Um ano antes, em 2019, era apenas a 10a nesse ranking.

Foto: divulgação

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