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RUI COSTA DEIXA EM ABERTO POSSIBILIDADE DE CONCORRER

Redação - 01/12/2021 11:00 - Atualizado 01/12/2021
Foto: Jonne Roriz/VEJA

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), falou ontem sobre a possibilidade de se licenciar do cargo para concorrer ao Senado em 2022. Ele afirmou que a decisão depende do grupo. “Minha prioridade, com absoluta sinceridade, é eleger o presidente da República, governador da Bahia e o senador. Eu nunca fui uma pessoa de fazer política sozinho. Minha decisão vai ser o que for melhor para a minha equipe”, ventilou, em entrevista à Rádio Sociedade. Ele criticou o DEM, partido presidido nacionalmente pré-candidato ao governo da Bahia em 2022, ACM Neto, e afirmou que o grupo adversário tem servido como base de sustentação nas votações do governo do presidente Jair Bolsonaro. Na visão do petista, não dá para um partido que apoia o Palácio do Planalto se apresentar como alternativa na próxima eleição. “Não é possível você apoiar o presidente em três anos e meio e depois dizer que é uma alternativa […] Por mais que as pessoas tentem se livrar, o povo não é bobo”, ressaltou.

O petista baiano também avisou que “não vai servir de muleta” para o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), se projetar na política da Bahia. “Entendo o esforço que o ministro de Bolsonaro está fazendo para tentar se colocar na política da Bahia. Eu não servirei de muleta para ele se projetar na política da Bahia. Acho o esforço dele enorme para tentar explicar o desastre do pior presidente da República que a gente já teve na história do Brasil. Um presidente que negou a vacina ao povo”, alfinetou.

O chefe do Palácio de Ondina disse que não vai “polarizar com o ministro”: “Tentar representar esse governo na Bahia também não é fácil, mas eu não vou dar a ajuda que ele precisa para tentar criar uma polarização”. No início da semana, em uma agenda em Salvador, Roma declarou que “a vacina que está chegando no braço do brasileiro, no braço do baiano – que fica feliz com a sua chegada aqui -, não é nenhuma vacina que veio da Rússia”.

Rui rebateu. “A Pfizer ofereceu ao governo em setembro a vacina. Por que ofereceu em setembro? Porque a Pfizer ofereceu primeiro aos países onde ela fez testes. O Brasil foi um deles. Nós testamos a Pfizer aqui na Bahia e infelizmente o governo se negou a comprar. E além de ter se negado a comprar, o governo impediu que os estados e municípios conseguissem ter acesso a outras vacinas como a Sputnik”, disse o governador.

Sobre as ações contra a Covid-19, o gestor também garantiu que o Governo do Estado não apoiará eventos festivos de rua realizados neste final de ano e que estejam em desacordo com os decretos estaduais. Ele falou sobre a ampliação da capacidade de público nos eventos fechados, com liberação para até cinco mil pessoas nos espaços, e pediu que as prefeituras monitorem os eventos para verificar se o comprovante de vacinação está sendo exigido para acesso das pessoas. “Se as pessoas não estão indo no posto se vacinar, que nós possamos ir onde as pessoas estão. Ou seja, eu tenho pedido aos prefeitos que coloquem equipes de vacinação volantes em vans e a gente vá nos distritos e nas comunidades procurar as pessoas que não estão vacinadas”, apelou.

Ainda na entrevista, Rui sinalizou que o eventual reajuste nos salários dos servidores está sendo estudado com a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e com a Secretaria da Administração (SAEB). “Nós faremos algo sim, e devemos anunciar em breve. Estamos fazendo várias simulações. Desde que eu assumi, eu tenho extrema responsabilidade com as finanças públicas do estado. Me comprometi a manter a remuneração e a evolução salarial dos servidores sempre acima da inflação, e temos feito isso”, explicou. “Nós já estamos fazendo cálculos e avaliando alternativas. Faremos o que for possível dentro das nossas possibilidades para todos os servidores ativos e aposentados também”, emendou.(TB)

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