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COM IPO DO NUBANK, JPMORGAN APOSTA EM BANCOS DIGITAIS DO BR

admin - 01/12/2021 13:45 - Atualizado 01/12/2021

A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Nubank pode colocar um peso-pesado dos bancos americanos em duas raias da piscina de nado livre que se tornou o ambiente competitivo das fintechs brasileiras. Isso porque por meio dos fundos que administra, o JPMorgan é um dos investidores-âncora que podem garantir ao menos US$ 1,3 bilhão, dos US$ 2,9 bilhões que o neobanco quer captar. Esta será a segunda aposta da instituição norte-americana em um banco digital brasileiro. Em junho, o JP desembolsou R$ 10 bilhões por 40% do C6, um dos maiores rivais do Nubank.

Na Faria Lima, comenta-se que o JP ficou de fora do sindicato de bancos coordenadores do Nubank justamente por ter feito o aporte no C6. Ou seja, o roxinho não ia abrir seus números estratégicos para um concorrente. Agora, o JP volta ao jogo ao garantir parte da oferta e conseguir uma fatia do Nubank. Internacionalmente, o JP tem buscado ampliar as apostas no mundo digital. O JP é o maior banco de varejo nos Estados Unidos – e essa área era sua prioridade. Em dezembro de 2020, começou a estudar o mercado da Inglaterra, com o objetivo de criar um banco digital próprio, após seu rival Goldman Sachs fazer o mesmo.

Depois de muita expectativa, o JP lançou seu banco digital em Londres este mês. A imprensa americana descreveu o movimento como a primeira expansão internacional no banco comercial do JP em 222 anos de história. O JP está há 60 anos no Brasil, onde sempre atuou como banco de investimento e em operações de atacado. Desde junho, o banco começou um novo capítulo com a aposta no digital com o C6. Procurado, o JPMorgan informou que o investimento que aparece no prospecto do Nubank é de fundos de clientes que são gerenciados pelo banco e que não pode abrir mais detalhes das carteiras.

Foto: divulgação

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