Esperada desde agosto, a data da sabatina do ex-advogado geral da União, André Mendonça, deve ser anunciada nesta quarta-feira (24), pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Aliados tanto de Mendonça – indicado em julho para uma vaga no Supremo Tribunal Federal – como do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmaram à CCJ que as tensões entre as duas autoridades diminuíram. A tendência é que Mendonça seja sabatinado na próxima terça (30), Dia do Evangélico.
O ex-advogado-geral da União foi escolhido em julho, pelo presidente Jair Bolsonaro, para a vaga do ex-ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou. Desde agosto, na volta do recesso, Alcolumbre não define a data da sabatina. Em um jantar com a frente evangélica, Mendonça aproveitou a presença de um aliado de Alcolumbre, o deputado Pedro Da Lua (PSC-AP), para aparar arestas. O parlamentar disse que o presidente da CCJ sabia do encontro e deu o aval para as negociações. “Minha missão foi a de construir pontes, e não erguer muros”, afirmou o deputado do Amapá.
As pressões no Senado sobre Alcolumbre também cresceram. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou para os dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro um mutirão para votação em plenário de todas as indicações de autoridades para cortes, agências e embaixadas já sabatinados em comissões. E tem revelado o desejo de que a sucessão no STF aconteça neste período. Por sugestão de senadores insatisfeitos com o impasse, Pacheco cogitou até programar a sabatina de André Mendonça para o plenário. Definida a data, resta saber quem será o relator e como será o posicionamento dos senadores na sabatina e na votação em plenário.
Foto: Pedro França/Agência Senado
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