Segundo o Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia), para que o carnaval de Salvador aconteça, é necessário que a capital tenha 90% da população completamente vacinada. A Fiocruz se manifestou por carta em audiência pública na Câmara de Salvador, nesta terça (23), que debateu a realização da festa.
O documento foi assinado pela diretora da Fiocruz-Bahia, Marilda Gonçalves. Ela foi convidada para a audiência, mas não pode comparecer porque já tinha outro compromisso marcado, e disse, na carta, que consultou o Observatório Covid-19 da Fiocruz e que os membros chegaram ao consenso sobre algumas orientações.
“A primeira questão é que tudo dependerá do cenário no período que antecede o Carnaval, a partir de janeiro. Embora o cenário no Brasil esteja melhorando, não temos nenhuma garantia de que irá permanecer do mesmo modo, como está ocorrendo agora na Europa. Há ainda muitas incertezas e tudo dependerá da evolução da pandemia nos próximos meses”, diz o documento, que cita as festas de fim ano como termômetro para a pandemia.
A carta segue afirmando que a orientação tem sido de vacinar 80% da população para que haja segurança, mas que eventos como o Carnaval exigem ainda mais cuidados. “Considerando que o Carnaval é um evento de massa, com muitas aglomerações e circulação de pessoas, de outros estados e países, consideramos muito importante que a vacinação tenha avançado mais ainda, com pelo menos 90%”, diz.
Apesar das ressalvas, o Instituo acredita que anunciar a realização da folia e a exigência do passaporte da vacina, inclusive para estrangeiros, pode ajudar a intensificar a vacinação.