Debaixo de uma tímida chuva que caiu em Salvador no final da manhã deste domingo, 21, estudantes chegaram as instituições de ensino da capital baiana para o que pode ser um momento de virada em suas vidas, com a realizaão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Colégio Estadual Central da Bahia, os poucos presentes fizeram jus a uma prova esvaziada e com menor número de inscritos desde 2005.
Neste domingo, além das provas de Ciências Humanas e Suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias, os estudantes fizeram a redação com o tema “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. Eles voltam às escolas no próximo domingo, 28, para as provas de Matemática, Códigos e Suas Tecnologias, e Ciências da Natureza e Suas Tecnologias.
Uma hora antes da abertura dos portões, que aconteceu às 12h, menos de 50 pessoas esperavam para fazer a prova no colégio. Entre elas, jovens treineiros acompanhados por pais, estudantes que concluíram o ensino médio neste ano e aqueles que já fizeram o Enem outras vezes, mas seguem na luta do seu sonho de entrar em uma universidade e estudar o que gosta. Minutos antes da abertura, o movimento cresceu, mas seguiu longe do visto em outras aplicações da prova. Após quase dois anos de aulas virtuais e pouco espaço para a educação pública, o perfil dos candidatos também pareceu diferente e alunos de colégios estaduais foram minoria entre os ouvidos pelo Portal A TARDE.
Em julho, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o Enem de 2021 teve 3.109.762 pessoas com a inscrição confirmada, menor número desde 2005. Além disso, um levantamento feito pelo Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior) mostra que 11,7% dos inscritos para o Enem 2021 são pretos. É a menor proporção desde 2009, quando eles representaram 6,3% dos inscritos. A redução também é observada entre os estudantes mais pobres.
Foto: divulgação
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