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TINOCO DIZ QUE RUI NÃO QUER CARNAVAL E SE BASEIA EM PESQUISAS DE OPINIÃO PÚBLICA

Redação - 20/11/2021 08:00 - Atualizado 20/11/2021

O vereador e presidente da Comissão Especial de Retomada dos Eventos de Salvador, Claudio Tinoco (DEM), descreveu o relatório feito pela sua equipe na Câmara Municipal como técnico e suprapartidário e disse que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), tem se pautado em pesquisas de opinião pública para ter o posicionamento atual de não confirmar o carnaval em 2022.

Para Tinoco, o governador tem buscado um “cancelamento tácito” com a “não oficialização do sim ou do não”. “O carnaval, mesmo em condições normais, sempre foi polêmico, porque é a minoria da população que brinca, sobretudo aqui na capital”, afirmou Tinoco que disse ainda que as pesquisas de opinião pública sobre o carnaval têm servido para Rui Costa moldar o discurso.

“Ele tem se baseado nas pesquisas para poder dizer frases de efeito como por exemplo ‘que tem família’ e que ‘tem amor ao próximo’. São frases para comunicar uma maioria que não se sente confortável e segura, além de não compreender a importância da realização do carnaval por conta da falta de transparência nos indicadores [da covid-19 no estado], argumentou.

Na visão de Tinoco, o governador deveria sentar para conversar com o prefeito, Bruno Reis (DEM), para tomar uma decisão levando em consideração o que a cidade pode ganhar com a realização da festa, pois a postergação seria prejudicial para o planejamento. “Em outros momentos, o contrato com agência de propaganda tinha vigência de dois ou três anos, contratos estes renováveis até cinco anos, visando a captação [de patrocínios para o carnaval]. Nos moldes que nós implantamos [na Saltur, pasta da qual Tinoco foi titular na gestão ACM Neto], a contrapartida do poder público para o patrocinador se dá em 45 dias, quando nós oferecemos as propriedades públicas [para serem colocadas as decorações do carnaval com as marcas]”, explicou.

O presidente da Comissão Especial de Retomada dos Eventos de Salvador criticou o que ele chamou de indecisão e os critérios que definem o posicionamento do governador em não confirmar a realização ou cancelamento do evento até o momento. “Ele não assume a responsabilidade de decidir. Chega ao ponto de dizer que já determinou o mando da Polícia Militar de não dar apoio para a realização de evento público sem assinatura do decreto estadual. Está aí sua estratégia, que não é baseada nos índices da pandemia. O único índice que o governador passou a citar são os 2.500 casos ativos no estado, que ele afirma que em sessenta dias não cai. Por outro lado, ele não leva em consideração 75% de redução de óbitos entre setembro e outubro, não leva em consideração o estágio atual de vacinação e a projeção de vacinação nos próximos 90 dias”, apontou.

Foto: divulgação

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