Uma declaração do ministro da economia, Paulo Guedes, agitou torcedores de clubes nas redes sociais, inclusive torcedores do Bahia. É que Guedes disse que, em conversa com investidores árabes, estes teriam manifestado a intenção de “comprar” ou investir em clubes brasileiros. O assunto teria surgido em meio às viagens que a comitiva do governo federal tem feito por países como Emirados Árabes, Bahrein e Qatar.
— Eles anunciaram: “calma, nós vamos comprar dois times; estamos examinando e vamos comprar dois times”. Eles vêm aí com os investimentos. Isso ontem e anteontem na viagem — disse Guedes, durante evento em Brasília, sem dizer quais times serão comprados.
A ideia de investimentos de empresários árabes em clubes brasileiros é antiga e voltou com força após a aquisição do Newcastle, da Inglaterra, por um fundo de investimentos da Arábia Sáudita. E é aí que entra o Esporte Clube Bahia. É que o dono do Manchester City, comprado pelos árabes, é também gestor do fundo Mubadala que comprou a Refinaria de Mataripe por R$ 1,6 bilhão. Mas daí a tirar qualquer interesse no clube é pura especulação e nada há de concreto.
No Brasil, a compra de clubes ainda é um cenário limitado, dada a natureza da maior parte das principais agremiações do Brasil como associações sem fins lucrativos. Mas mudanças estão a caminho: clubes como Botafogo, Cruzeiro e América-MG já se movimentam após a aprovação da regulamentação do modelo de clube-empresa no futebol do país.