Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul; João Doria, governador de São Paulo e Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus (AM), apresentam propostas e respondem questionamentos no debate mediado pela jornalista Carol Nogueira. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que deve seguir no PSDB mesmo que perca as prévias do partido para 2022. A afirmação foi feita durante o debate promovido pela CNN na noite desta quarta-feira (17) com os presidenciáveis tucanos: além de Leite, participaram o governador de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.
“Eu decidi com 16 anos me filiar ao PSDB, estou há 20 anos no PSDB. Eu assumo esse compromisso. O PSDB, eu não pude participar da fundação dele porque tinha três anos de idade quando ele foi fundado, em 1988, mas o PSDB fundou em mim as minhas condições políticas”, disse Leite ao ser questionado sobre o assunto.
“O PSDB é o meu partido, é um grande orgulho. É onde eu vou ficar”, complementou o governador gaúcho. Já Doria afirmou que, caso não seja escolhido candidato, vai aceitar compor uma candidatura de “terceira via”, que não seja nem ligada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso algum rival se mostre com mais chances de vitória – seja ele tucano ou de outro partido.
“Eu já fiz referências neste sentido, sim. Nós estamos construindo a terceira via, possivelmente a melhor via, pelo PSDB, pela força das prévias, pela força de três candidatos que estão percorrendo o Brasil ,que estão debatendo como estamos fazendo hoje, mas sempre pensando no Brasil. O sentimento dos três candidatos que estão aqui hoje não é um sentimento indivildualista. É um projeto para o PSDB e um projeto para o Brasil. Vamos sim nos sentar com quem vencer as prévias e com outros partidos, outros líderes, para dialogar sobre o Brasil”, disse o governador de São Paulo.
Ao ser questionado sobre o seu desempenho eleitoral nas projeções presidenciais em São Paulo – as pesquisas mostram Doria atrás de Moro, Bolsonaro e Lula em São Paulo, ele relembrou a sua campanha para prefeito, em 2016. “Nós estamos a 11 meses das eleições, é muito tempo. Quero lembrar que em 2016 eu fui candidato à prefeito na capital de São Paulo. Oito meses antes, eu tinha 1% de intenção de votos. O Candidato Fernando Haddad, que era prefeito de São Paulo, tinha 24%, e nós terminamos a eleição em primeiro lugar, com 54% dos votos”, afirmou Doria.
Já Arthur Virgílio minimizou que as prévias disputadas pelo PSDB possam “rachar” o partido. Lembrado sobre como setores tucanos em 2018 apoiaram a candidatura de Bolsonaro em 2018, apesar da campanha de Geraldo Alckmin, Virgílio disse ser necessário “desbolsonarizar” o PSDB, mesmo que isso enfraqueça a força do partido no Congresso. “Se tem alguém dentro do PSDB que é a favor do Bolsonaro, é óbvio que a gente tem que dizer para ele que tem mil partidos que gostam do Bolsonaro, se dirija a um deles. Eu preferiria ter um partido com 12 deputados do que um com trinta, sendo vinte e tantos bolsonaristas”, disse o deputado. As prévias do PSDB acontecem neste domingo (21). Um total de 44.697 filiados e mandatários cadastrados votarão o representante do partido que disputará a presidência da República nas eleições de 2022.
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