Ao que tudo indica, no primeiro turno da eleição presidencial, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado em 2022, vai abrir seu palanque para vários candidatos à presidência da República.
O apoio à candidatura de Ciro Gomes do PDT, por exemplo, já está sacramentado e são grandes as possibilidades de um nome do partido ocupar uma das vagas na chapa do ex-prefeito. Mas, ao que parece, isso não vai impedir Neto de abrir o palanque para outros candidatos à presidente que componham o arco da chamada terceira via.
Na última quarta-feira, por exemplo, Neto encontrou-se com o ex-juiz Sérgio Moro, horas após sua filiação ao Podemos, para discutir uma possível aliança eleitoral para 2022. A depender de seu desempenho nas próximas pesquisas, Moro, que ainda não se declarou candidato, pode ser o nome da terceira via a ser apoiado pelo recém-criado União Brasil, partido que surge da junção do PSL com o DEM. Mas isso não significa que na Bahia Moro teria o apoio integral de Neto, pelo contrário, o que o ex-prefeito parece estar construindo é um palanque aberto, em que podem estar presentes não só o Podemos, mas também o PDT e outros partidos, com a única e definitiva exceção do PT, que será seu grande adversário na eleição.
E, embora seja muito difícil aparar as arestas com Bolsonaro, não está sequer descartado uma aproximação com o partido que o presidente escolher, desde que o Ministro da Cidadania, João Roma, não seja candidato. Aliás, uma possível candidatura de Roma é o maior pesadelo de Neto, já que o Ministro da Cidadania faria sangrar uma importante fatia do eleitorado que apoia Bolsonaro, mas que migraria para a candidatura de Neto se o presidente não tivesse candidato na Bahia.
Desse modo, tudo indica que o palanque de ACM Neto nas eleições para governador da Bahia, será um palanque aberto e abrigará todos aqueles que se opõem a Lula e a candidatura de Jaques Wagner. (EP – 16/11/2021)
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