Em setembro de 2021, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou taxa de 3,7% frente ao mês de agosto (-2,6%), acima da média nacional (-0,4%). Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 13,3%. No acumulado do ano, a indústria registrou retração de 13,4%, em relação ao mesmo período anterior. O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou declínio de 10,3% frente ao mesmo período anterior. As informações, divulgadas nesta quarta-feira (10), fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sistematizadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
No confronto de setembro de 2021 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 13,3%, com oito das 12 atividades pesquisadas assinalando queda da produção. A principal contribuição positiva foi em Derivados de petróleo (3,7%), influenciada, principalmente, pela maior fabricação de gasolina e óleo diesel. Outros setores que apresentaram resultados positivos foram: Couro, artigos para viagem e calçados (31,7%), Celulose, papel e produtos de papel (4,8%) e Produtos alimentícios (2,1%). O setor de Veículos (-96,2%) apresentou a principal contribuição negativa no período, explicada, especialmente, pela menor fabricação de automóveis.
Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos químicos (-16,1%), Metalurgia (-27,2%), Borracha e material plástico (-8,4%), Extrativa mineral (-6,7%), Bebidas (-11,3%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,1%) e Minerais não metálicos (-0,7%).
No acumulado do período de janeiro a setembro de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 13,4%. Quatro dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Derivados de petróleo, que registrou queda de 27,0%, impulsionado, em grande parte, pelo menor refino de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica. Importante ressaltar, também, os resultados negativos assinalados por Veículos (-94,3%), Metalurgia (-8,0%) e Bebidas (-2,2%).
O setor de Produtos de minerais não metálicos registrou variação nula. Positivamente, destacou-se o segmento Produtos químicos(9,2%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de acrilonitrila, princípios ativos para herbicidas e etileno não saturado. Vale citar ainda, o crescimento em Couro, artigos para viagem e calçados (43,1%), Borracha e material plástico (14,8%), Celulose, papel e produtos de papel (5,4%), Extrativa mineral (6,9%), Alimentos (1,7%) e Equipamentos de informática e produtos eletrônicos (14,0%).
No acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana foi de -10,3%. Seis dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado no período, com destaque para Derivados de petróleo, que teve queda de 21,7%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Veículos (-68,6%), Metalurgia (-5,9%), Minerais não metálicos (-1,6%), Produtos alimentícios (-0,2%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,8%). Destacaram-se, positivamente, Produtos químicos (13,8%), Couro, artigos para viagem e calçados (31,9%), Celulose, papel e produtos de papel (6,0%), Borracha e material plástico (11,0%), Extrativa mineral (2,7%) e Bebidas (1,2%).
Comparativo regional
A queda no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de 3,9%, na comparação entre setembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por dez dos 14 estados pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Amazonas (-13,5%), Bahia (-13,3%), Ceará (-12,3%), Mato Grosso (-8,3%) e Goiás (-8,2%). Por outro lado, Rio de Janeiro (5,3%) e Minas Gerais (5,0%) assinalaram os maiores avanços nesse mês.