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PRESIDENTE DA CAIXA GASTA R$ 2,7 MILHÕES EM VIAGENS PELO BRASIL

Redação - 05/11/2021 17:33

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tem seguido à risca o slogan da equipe econômica: mais Brasil, menos Brasília. Desde quando assumiu a Caixa Econômica Federal em janeiro de 2019 até setembro deste ano, ele viajou 202 vezes pelo país afora e gastou R$ 2,75 milhões em passagens e diárias. Em média, ele viaja para um destino a cada cinco dias e já visitou 101 cidades. Essas despesas do executivo estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público Federal (MPF).

Os valores das viagens foram fornecidos pela própria Caixa ao GLOBO por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), sem uma discriminação entre quanto foi gasto com passagens ou diárias. Também não é possível saber quantos acompanhantes de Pedro foram incluídos nessas expedições.
Os destinos mais visitados por Guimarães foram São Paulo (49 vezes) e Rio de Janeiro (17 vezes). O presidente da Caixa viajou três vezes a Nova York para reuniões com investidores, o que gerou um gasto total de R$ 108 mil.

O Ministério Público Federal (MPF), que investiga as despesas da Caixa na gestão de Guimarães, pediu recentemente que o banco estatal forneça informações sobre as passagens aéreas. “Há necessidade de esclarecer notícia de suspostas viagens do presidente da instituição Pedro Guimarães que, em tese, não se enquadriam às finalidades institucionais e às atribuições do presidente da CEF”, afirmou o procurador responsável pela apuração do caso, em despacho de 13 de outubro de 2021.

No Tribunal de Contas da União (TCU), há uma investigação em curso sobre os gastos na gestão de Pedro Guimarães sob relatoria do ministro Aroldo Cedraz. Nesse processo, também foram solicitadas informações sobre as viagens de Guimarães, segundo integrantes da Caixa Econômica Federal.
A viagem mais cara de Guimarães foi a Itapipoca (CE) e Oeiras (PI), onde, em 15 de outubro de 2020, ele teve “agendas institucionais com o objetivo de entender as peculiaridades locais do banco, redirecionando tecnicamente as estratégias de atuação da CAIXA, no que couber”, segundo a instituição financeira. O valor gasto nessa expidção foi de R$ 88,9 mil.

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