O pedetista Ciro Gomes anunciou nesta quinta-feira, 4, a suspensão de sua candidatura à Presidência da República após grande parte da bancada do PDT na Câmara dos Deputados votar a favor da PEC dos precatórios, que expande o limite de gastos públicos. “Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”, disse através das redes sociais. “Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo”, postou Ciro Gomes.
O pedetista ficou na terceira posição na última eleição presidencial de 2018, com cerca de 12% dos votos. Novamente ele aparece, de acordo com diversas pesquisas de intenção de voto, como o candidato com mais eleitores após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT), que devem polarizar a eleição de 2022. Ciro é crítico ao governo Jair Bolsonaro e a PEC votada durante a madrugada desta quinta-feira, no plenário da Câmara após ser pautada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). “Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, falou.
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