O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido) afirmou que o Republicanos, do ministro João Roma está entre os prováveis destinos da sua campanha de reeleição. A informação foi dada quando embarcou para a Itália, na quinta-feira, a expectativa no meio político era que o presidente Jair Bolsonaro anunciasse até o fim desta semana a que partido se filiaria para tentar a reeleição no ano que vem.
A diferença é que antes da viagem, o PP, de Ciro Nogueira, e o PL, de Valdemar Costa Neto, que cortejavam o mandatário, estavam na dianteira. Agora, mais uma sigla volta ao páreo, segundo o próprio presidente: o Republicanos, legenda ligada à Igreja Universal do Reino de Deus e presidida pelo deputado Marcos Pereira. As três siglas integram o Centrão, bloco de partidos tidos como fisiológicos e que compõem o principal pilar da base aliada do governo no Congresso. Ainda na Itália, o presidente recorreu nesta segunda à sua habitual metáfora com relacionamentos para dizer que “duas namoradas vão ficar chateadas”.
— Tem três partidos que me querem, fico muito feliz. São três namoradas, vamos assim dizer. Duas vão ficar chateadas. O PRB, antigo nome do Republicanos, o PL, e o PP, e cada dia um tá na frente na bolsa de apostas — declarou o presidente durante uma entrevista a jornalistas após receber título honorário de Anguillara Veneta, cidade no Norte da Itália onde nasceu o seu bisavô. — Agora, iria para o PL. Ontem, iria para o PP. Faltando menos de um ano para as eleições, Bolsonaro reconheceu que já poderia ter escolhido o seu novo partido:
— Não pode ficar para a última hora essa questão aí. Quem sabe essa semana mesmo sai. Eu tenho que ver com as outras duas namoradas. Não podem ficar muito chateadas comigo. Eu vou casar e vai ser com uma só. Na semana passada, quando ainda estava num flerte duplo com PP e PL, já se dizia que Bolsonaro está com um pé na legenda de Costa Neto, mas um encontro com Ciro Nogueira fez a bolsa de apostas mudar novamente. Costa Neto ameaçou então romper com o Planalto se fosse preterido. A avaliação de interlocutores do presidente da sigla é de que se Bolsonaro não aceitar se juntar ao PL, a legenda pode se aliar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal rival político.
Bolsonaro avalia que cerca de 30 parlamentares devem acompanhá-lo na filiação ao novo partido. Ainda há muitos aliados do presidente no PSL, sigla pela qual ele foi eleito em 2018. A demora na definição de Bolsonaro tem preocupado os parlamentares aliados, que também vão para a disputa nas urnas no ano que vem e têm pressa para definir o próprio destino partidário e as alianças e arranjos regionais.
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