A pesquisa global “ESG para organizações de saúde”, da PwC, analisou os esforços ESG de 45 prestadoras de serviços de saúde e 32 empresas farmacêuticas e de biociências para avaliar como elas estão incorporando as práticas ESG em sua gestão. Os resultados mostram que as mudanças já estão em andamento. Segundo a pesquisa, 58% dos líderes do setor de saúde preveem ampliar projetos de diversidade e inclusão nos próximos 12 meses. A iniciativa é bem vista por 62% dos consumidores, que avaliam de maneira positiva empresas que realizam ações sociais voltadas para a saúde.
Entre as farmacêuticas ouvidas pela PwC, 77% afirmaram que o pilar Social é foco das ações de ESG, perante 12% de Meio Ambiente e 11% de Governança. O pilar social também é apontado como principal preocupação por 96% das prestadoras de serviços, enquanto os vetores ambiental e de governança ocupam cerca de 2% cada. Boa parte das instituições possui iniciativas voltadas à melhoria da diversidade nos seus quadros, por meio de programas de inclusão para seus trabalhadores, oferecendo capacitação e ações de segurança no ambiente de trabalho.
“Vemos que há avanços em ESG no setor de saúde no mundo, especialmente com ações voltadas para o Social, porém ainda há espaço para melhorar através de ampliação de lideranças para pensar e estruturar essa área dentro das organizações”, afirma Bruno Porto, sócio da PwC Brasil. O estudo também comparou as estruturas de organizações de saúde com e sem fins lucrativos com foco nas práticas de ESG. Nas organizações sem fins lucrativos, 62% não têm lideranças voltadas a ESG. Já naquelas com lucro, esse número é de 53%.
Além das questões voltadas à governança, as ações ESG das empresas ouvidas levaram em consideração o compromisso Net Zero das instituições de saúde, além do compromisso com a diversidade de gênero e raça nos conselhos de administração para os próximos dez anos.
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