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NOVAS DIRETRIZES PARA ESCOLAS BILÍNGUES COMEÇAM A VALER A PARTIR DE 2022

Redação - 28/10/2021 15:44

Muito se fala sobre a importância e os benefícios em dominar um segundo idioma. As vantagens em aderir ao bilinguismo são muitas: melhores oportunidades de emprego, conhecimento de novas culturas, possibilidade de viagens e intercâmbios, entre outras. Diante dessa realidade, a oferta e a procura pela educação bilíngue têm crescido nos últimos anos, especialmente para crianças e adolescentes. Os pais têm buscado instituições que tratem a língua estrangeira não como mais uma das disciplinas convencionais, e sim como um meio para o aprendizado.  No entanto, o que caracteriza uma escola bilíngue?

A falta de uma norma nacional gerava dúvidas sobre a definição dessa modalidade de ensino. Para sanar os questionamentos, em 2020, o Conselho Nacional de Educação (CNE) elaborou as Diretrizes Nacionais para a Educação Plurilíngue no Brasil. De acordo com resolução, para ser considerada bilíngue, a escola deve ter um currículo único e integrado, ministrado nas duas línguas de instrução, e que contemple todas as etapas de escolarização oferecidas pela instituição de ensino. As novas regras também abarcam tópicos como a formação de professores, certificação oficial de nível de inglês para estudantes e docentes, grade curricular e carga horária para cada idioma. Embora o Conselho Estadual da Bahia (CNEE/BA) ainda não tenha se manifestado sobre as novas orientações, a Resolução prevê que as mudanças entrem em vigor a partir de 2022 em todo o território nacional.

De acordo com Marcia Schwartz, diretora da escola, a metodologia canadense da ACBEU Maple Bear Canadian School já segue os padrões exigidos pela Resolução do CNE. “Nos enquadramos nas categorias Currículo Internacional e Ensino Bilíngue descritas na Resolução, pois além de seguir as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), adotamos a proposta curricular do Canadá e também utilizamos o inglês como meio de instrução em disciplinas da base comum e da base diversificada, com projetos transdisciplinares, em 50% do tempo escolar. Restam apenas pequenos ajustes quanto às certificações”, conta.

Segundo a diretora, o ensino canadense é considerado um dos melhores do mundo, ocupando posição de destaque no PISA, programa internacional de avaliação de conhecimentos e habilidades dos alunos. “A metodologia canadense que utilizamos propõe uma imersão total em inglês nos primeiros anos da Educação Infantil, passando a utilizar os dois idiomas até o final do Ensino Fundamental anos finais. As crianças tornam-se bilíngues rapidamente, compreendendo, falando, lendo e escrevendo, de forma lúdica e natural. Um dos recursos pedagógicos mais importantes é o grande investimento diário em literatura nos dois idiomas. Nossas escolas disponibilizam para os alunos um vasto acervo literário& rdquo;, afirma.

Para Marcia, as novas diretrizes são benéficas, pois trazem mais segurança aos pais e alunos. “Com o aumento do interesse em outros idiomas, muitas instituições se denominam bilíngues sem de fato possuírem as características necessárias. As novas regras vão garantir a qualidade do ensino. Os pais terão a certeza de que seus filhos receberão uma educação completa e eficaz em duas línguas”. Sobre o futuro da educação bilíngue, a diretora acredita em boas perspectivas. “Estimo que daqui a 10 anos, nossa sociedade colherá os resultados. Nos comprometemos em entregar ao mundo cidadãos bem formados e aptos para o mercado de trabalho com as demandas do século XXI. A certificação da qualidade de ensino beneficia toda a sociedade, pois ganharemos profissionais bem preparados”, avalia a diretora. A ACBEU Maple Bear Canadian School, que oferece Educação Infantil e Ensino Fundamental até o 9º ano, já está com as matrículas abertas para o ano letivo de 2022 nas suas unidades em Salvador e litoral norte de Camaçari.

 

Foto: Divulgação

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