O aumento no valor dos combustíveis pode aumentar a crise no transporte público soteropolitano de acordo com o prefeito Bruno Reis (DEM). Após o secretário municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller, projetar um novo reajuste nas passagens para o ano que vem, o prefeito Bruno Reis voltou a falar sobre a situação.
“Esse é o maior problema da cidade. Não tem como a (atual) tarifa remunerar um sistema que em um ano sofre com um aumento de 73% no óleo diesel. Essa conta é impagável. Demos um aumento de 5% e foi a maior gritaria. Imagine com esse aumento no preço do maior insumo do transporte público? O usuário não tem condição de pagar essa conta”, afirmou.
O prefeito voltou a cobrar o governo federal por incentivos e subsídios para minorar os efeitos da crise do transporte público. Em dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou projeto que havia sido aprovado no Congresso e que previa repasse de R$ 4 bilhões da União para assegurar a prestação do serviço.
Na avaliação de Bruno, caso o governo não aja de forma firme sobre o assunto, a situação pode ser semelhante a de 2013, quando as chamadas Jornadas de junho levaram milhões de pessoas para as ruas por conta do aumento das tarifas de transporte.
“Vocês viram ontem mobilizações no Brasil, e aqui na cidade não foi diferente, então o governo terá que apresentar alternativas ao invés de estar criando fake news. Vai ter que enfrentar os problemas reais do Brasil e um deles é o subsídio do transporte público. Estou avisando a vocês que ano que vem, pode ocorrer aquelas cenas de 2013. As manifestações por conta de um aumento de dez centavos do transporte público e ano que vem vai ser como?”, questionou.
“Já me reuni com o presidente, com Paulo Guedes com o Rogério Marinho, com Arthur Lira, com Rodrigo Pacheco. Talvez não tenha um prefeito no Brasil que esteja defendendo tanto essa pauta como o prefeito de Salvador. Chamando a atenção para o problema do transporte público. É uma bomba relógio que está prestes a explodir”, pontuou.