O cantor Luiz Caldas falou sobre o uso de maconha e revelou que não se sente confortável para cantar uma das músicas mais conhecidas pelos baianos, Fricote. Em entrevista ao jornal O Globo, ele também disse que sofreu preconceito no início da carreira. Sobre a música Fricote, um dos hinos do axé music, ele disse que hoje prefere não cantar a música que foi considerada racista pelos versos ‘nega do cabelo duro, que não gosta de pentear’.
“Quem fez essa música virar sucesso foi o povo da Bahia, cuja maior parte é negra. Ofereço esse disco, está escrito lá, aos meus pais, minha cunhada e aos negros da Bahia. Inclusive meu parceiro de composição, Paulinho Camafeu, é negro (…) Hoje, não canto “Fricote”, acho desnecessário. Se tivesse só um sucesso, como muitos artistas, teria que cantá-la até morrer para me sustentar e sustentar minha família. Mas tenho muitos, são mais de 1000 só desse novo projeto”, disse.
Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas ou cigarros, o cantor contou que fuma maconha. “Me deixa tranquilo, totalmente diferente do que os leigos acham. Porque é uma planta, não considero droga. É uma hipocrisia gigante fazerem propaganda de álcool e condenarem a maconha. A pessoa que bebe fica agressiva. Nunca vi um maconheiro deitado na sarjeta” afirmou.
Questionado sobre as roupas que usava, Luiz revela que as pessoas não entendiam na época. “Muita gente falava que eu era gay. Eu dava risada, não tinha nada contra. Sempre houve essa coisa de o ser humano achar que porque faz parte da maioria é um modelo e o outro, que é diferente, não é. Rio dessa ignorância”, disse em entrevista ao Globo.
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