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GUEDES IGNORA MERCADO E REAFIRMA FURO DO TETO

Redação - 25/10/2021 10:02

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou no domingo (24) a flexibilização do teto de gastos do governo e cobrou do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), a aprovação de reformas na casa Legislativa, como as mudanças nas regras do Imposto de Renda.

Guedes deu a declaração ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante visita dos dois a uma feira de criadores de passarinhos no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília.

Ao lado de Bolsonaro e cercado de apoiadores do governo, Guedes defendeu a reformulação da regras do teto de gastos como forma de implementar o programa social Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família. Segundo ele, é preciso “flexibilizar um pouco para atender aos brasileiros mais frágeis”.

“As pessoas falam: ‘Você não é defensor do teto?’ Eu sou defensor do teto. Eu vou continuar defendendo o teto. Eu defendo as privatizações. Agora, o presidente tem que tomar uma decisão política muito difícil: se ele respeita o teto ou deixa 17 milhões de famílias passando fome. Então, ele tem que pedir. Ele tem que pedir uma ação social que proteja a população. E eu tenho que calibrar essa ajuda”, disse.

Na última sexta-feira, diante da reação negativa do mercado, dos pedidos de demissão de quatro secretários do ministério em razão da decisão do governo de “furar” o teto de gastos e de rumores de que o próprio Guedes poderia sair, o ministro recebeu a visita do presidente Jair Bolsonaro, que declarou ter “confiança absoluta” no auxiliar. Na ocasião, disse que não pediu demissão, que a crise era “barulho” e “falta de comunicação” e minimizou como “natural” a saída dos secretários.

Guedes aapelou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a necessidade de tramitação de reformas, entre as quais a do imposto de renda, já aprovada pela Câmara

Ele disse que Bolsonaro estava pressionado pela “política”, precisava de R$ 30 bilhões para implementar o Auxílio Brasil, e o Senado não aprovou a reforma do imposto de renda, que prevê a tributação em 15% de lucros e dividendos distribuídos pelas empresas. Segundo afirmou, essa seria a “fonte” para financiar o programa.

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