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GUEDES CHAMA DE ‘CONVERSINHA’ PREVISÕES SOBRE BAIXO CRESCIMENTO DO PAÍS

Redação - 25/10/2021 19:15 - Atualizado 25/10/2021

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou de “conversinha” nesta segunda-feira (25) as estimativas cada vez mais pessimistas do mercado e de economistas sobre o crescimento do Brasil no ano que vem. Nesta segunda, o aumento da incerteza fiscal e o contexto de juros mais altos levaram o Itaú Unibanco a rever projeções para o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano — de uma estimativa anterior de 0,5% de crescimento, o banco atualizou a previsão para uma retração de 0,5%.

Sem mencionar a projeção do Itaú Unibanco, o ministro afirmou: “O crescimento não ia vir. Já tá 5% ou 5,3% ou 5,4% neste ano. Já estão falando que no ano que vem não vai crescer. Vai crescer de novo, cada um vai fazer o seu trabalho”.

Em discurso no Palácio do Planalto para o presidente Jair Bolsonaro e ministros durante o lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, Guedes repetiu a tese várias vezes reiterada por ele do “crescimento em V”. “Vamos crescer ano que vem de novo. A conversinha é sempre essa. Primeiro que ia cair, ia ficar lá embaixo, não ia voltar. Aí volta em V”, afirmou.

Além do Itaú, a consultoria MB Associados reduziu a projeção para o PIB de 2022, passando de 0,4% para 0%, ou seja, uma estagnação econômica.

O JPMorgan é outra instituição financeira que piorou as projeções para 2022. “Nesse ambiente de juros elevados, inflação ainda alta e falta de visibilidade na frente da política fiscal, estamos também revisando nossos modelos de crescimento de acordo com esta mudança de regime que coloca pressões descendentes em nossa já abaixo do consenso previsão de 0,9% (para crescimento do PIB em 2022). Por enquanto, não podemos nem descartar uma recessão no ano que vem”, diz o banco em relatório enviado a investidores.

De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta-segunda-feira (25) pelo Banco Central, o mercado baixou a previsão de alta do PIB de 1,50% para 1,40% em 2022 — o percentual do Focus reflete uma média das previsões de mais de cem instituições financeiras consultadas.

Para este ano, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,01% para 4,97% em 2021. As revisões foram feitas após o ministro ter apoiado na semana passada a decisão do governo de flexibilizar o teto de gastos (mecanismo que limita o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior).

 

 

 

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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