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BAHIA TEM QUASE 650 ÓRFÃOS DE VÍTIMAS DA COVID

Redação - 19/10/2021 09:18

Entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro de 2021, ao menos 646 crianças de até seis anos de idade na Bahia ficaram órfãos de um dos pais vítimas da covid-19. O estado ocupa o quinto lugar no ranking nacional de registros absolutos e a 18ª posição se considerados os números a cada 100 mil habitantes (confira a lista completa no final da reportagem).

Das 646 crianças, 21,3% (138) não tinham completado nem ao menos 1 ano. Já 15,6% (101) tinham 1 ano de idade, 16,5% (107) 2 anos de idade, 13,9% (90) 3 anos, 10,2% (66) 4 anos, 11,6% (75) tinham 5 anos e 9,9% (64), 6 anos. Os dados obtidos pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 685 Cartórios de Registro Civil do estado desde 2015, quando as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em toda região baiana.

O levantamento aponta ainda que cinco pais faleceram antes mesmo do nascimento de seus filhos, enquanto três crianças, de até seis anos, perderam pai e mãe vítimas da covid-19.

No Brasil, de 16 de março de 2020 a 24 de setembro de 2021, ao menos 12.211 crianças de até 6 anos de idade ficaram órfãs de um dos pais vítimas da covid-19. Segundo os dados levantados pela Arpen-Brasil, 25,6% dessas crianças que perderam um dos pais não tinham completado 1 ano. Já 18,2% tinham 1 ano de idade, 18,2% 2 anos de idade, 14,5% 3 anos, 11,4% 4 anos, 7,8% tinham 5 anos e 2,5%, 6 anos. Os números mostram ainda que 223 pais faleceram antes do nascimento dos filhos, enquanto 64 crianças até a idade de 6 anos perderam pai e mãe.

Crianças até 6 anos que perderam os pais por covid-19 no Brasil:

• Rondônia – 244 órfãos no total; 13,44 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Goiás – 809 órfãos no total; 11,22 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Mato Grosso – 378 órfãos no total; 10,59 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Acre – 99 órfãos no total; 10,91 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Amapá – 73 órfãos no total; 8,31 órfãos a cada 100 mil habitantes
• São Paulo – 3.836 órfãos no total; 8,22 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Sergipe – 168 órfãos no total; 7,18 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Santa Catarina – 506 órfãos no total; 6,89 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Paraíba – 267 órfãos no total; 6,57 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Paraná – 753 órfãos no total; 6,49 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Distrito Federal – 199 órfãos no total; 6,43 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Amazonas – 271 órfãos no total; 6,34 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Espírito Santo – 258 órfãos no total; 6,27 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Tocantins – 88 órfãos no total; 5,47 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Roraima – 91 órfãos no total; 5,01 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Rio Grande do Sul – 567 órfãos no total; 4,94 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Rio de Janeiro – 774 órfãos no total; 4,43 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Bahia – 646 órfãos no total; 4,31 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Mato Grosso do Sul – 121 órfãos no total; 4,26 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Ceará – 385 órfãos no total; 4,16 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Pernambuco – 366 órfãos no total; 3,78 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Pará – 310 órfãos no total; 3,53 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Rio Grande do Norte – 112 órfãos no total; 3,14 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Alagoas – 97 órfãos no total; 2,88 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Minas Gerais – 579 órfãos no total; 2,70 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Piauí – 72 órfãos no total; 2,18 órfãos a cada 100 mil habitantes
• Maranhão – 142 órfãos no total; 1,98 órfãos a cada 100 mil habitantes

Os Números são da ARPEN e a estimativa populacional do IBGE, divulgada em agosto deste ano.

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