Acelerou em setembro o aumento nos preços dos produtos que o Brasil compra do exterior, no comparativo com o valor exportado. A conclusão é do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). Em setembro, o valor total exportado teve expansão de 33,2% frente ao mesmo mês do ano passado, enquanto nas importações a elevação alcançou 51,9%. A pressão inflacionária mundial e a desvalorização do real explicam esse resultado.
O movimento, influenciado pelo perfil das mercadores que o Brasil compra e vende para o exterior, não impede o saldo positivo da balança comercial. Em setembro, o superávit ficou em US$ 4,3 bilhões, gerando um acumulado em nove meses do ano de US$ 56,6 bilhões. O FGV Ibre destaca que, no acumulado do ano, o aumento das exportações foi causado pela variação nos preços e, para as importações, pela variação no volume adquirido. Conforme o FGV Ibre, as commodities continua determinando a evolução das exportações, mas a nova tendência quanto às importações se firmou em setembro: aumento de preços próximo ao do volume.
O desempenho das exportações depende principalmente das commodities, que representaram 69,7% das vendas externas brasileiras entre janeiro a setembro de 2021 e explicam 75,5% do aumento registrado no valor total das exportações. Enquanto a cotação das commodities cresceu 41,1%, o volume escoado recuou em 0,7% na comparação do acumulado do ano até setembro. As não commodities explicaram 91,7% das importações brasileiras e registraram aumento de 25,3% em termos de volume no acumulado do ano. Embora com participação menor os preços das commodities importadas também aumentam. As commodities compradas do interior tiveram variação de 60,1% nos preços e de 46,1% no volume entre setembro de 2020 e 2021.
Foto: reprodução FGV Ibre
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