Os boatos sobre a demissão de Paulo Guedes não pararam no fim de semana e o ministro tem demonstrado descontentamento com o fato da denúncia sobre ter uma conta offshore estar atingindo seus familiares. Além disso, coloca como variável chave para sua manutenção no cargo o nível de apoio do presidente Jair Bolsonaro e do Congresso Nacional em torno de seus projetos.
Segundo a Revista Veja, em relação ao primeiro caso Guedes diz que há um limite pessoal e familiar para os ataques que considera parte do jogo
.“Quando começam a falar o nome da minha filha, me dá vontade de ir embora”, disse o ministro a pessoas próximas, a respeito de envolverem no caso a sua filha, Paula Drumond Guedes, e sua mulher, Maria Cristina Bolivar Drumond Guedes, acionistas da offshore que o ministro mantém nas Ilhas Virgens Britânicas. headtopics.com
Em relação a Bolsonaro, Guedes tem dito aos secretários: “Nas eleições, o presidente dizia que me apoiava em 99% dos casos. Dizia a ele que o apoio girava em torno de 60%. Hoje, está em 51%. Se chegar a 49%, não tenho mais o que fazer aqui”. Guedes também se preocupa em quanto terá de ceder quando o assunto for eleições, condicionando o apoio a pautas de interesse de deputados e senadores à aprovação de medidas que arrumem o cenário fiscal. “Se estou atrapalhando o populismo, vou embora”, desabafa.