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LIRA DEFENDE PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS E NEGA MUDANÇA DE DIRETORIA

Redação - 13/10/2021 17:30 - Atualizado 13/10/2021

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negou nesta quarta-feira (13) qualquer conversa de bastidor para mudar a diretoria ou política da Petrobras, mas questionou se não seria o caso de privatizar a estatal e discutir a função da empresa no Brasil.

Lira concedeu entrevista à rádio CNN na manhã desta quarta e foi questionado sobre rumores que indicam que as críticas à política da estatal seriam uma tentativa de o chamado centrão —formado por partidos como PP e PL— mudar a diretoria da empresa. “Não tem nenhuma conversa de bastidor nem para se mudar a política de preço nem para se mudar a diretoria”, afirmou. “Porque foi mudado um pelo outro e a coisa continuou do mesmo jeito. Ali funciona quase que no automático.” As informações são da Folha de S. Paulo.

O presidente da Câmara afirmou que a discussão gira em torno do “monopólio absurdo do preço do gás e falta de política de investimento energético”. A seguir, afirmou que a empresa é predominantemente pública. “O que existe ali é que há uma política que tem que ser revista, porque ela hoje nem é pública nem é privada completamente, e ela só distribui, escolhe os melhores caminhos para performar recursos e para distribuir dividendos”, disse. “Essa é a pergunta que tem que ser feita: então não seria o caso de privatizar a Petrobras? Não seria a hora de se discutir qual a função da Petrobras no Brasil? É só distribuir dividendos para os acionistas?”, questionou.

Segundo a Folha, após afirmação da jornalista Thais Heredia de que a estatl gera empregos e resultados para a companhia, Lira rebateu. “Ela geraria emprego sendo pública ou privada. Ela geraria emprego do mesmo jeito, talvez até com mais autonomia, se fosse privatizada”. “Ah, ninguém quer privatizar porque é um patrimônio do povo brasileiro. Esse é o discurso. E para quem serve ser o patrimônio para o povo brasileiro?”, continuou. “Então tem essas discussões que têm que ser feitas. Você não pode prospectar o gás a US$ 2 e colocar no duto a US$ 10. Porque na realidade essa é a discussão.”

Lira afirmou ainda que a estatal deixou de investir em infraestrutura para distribuir dividendos. “Nós não queremos desestabilizar a política de preços, nós não queremos desestabilizar a diretoria da Petrobras. Nós queremos informações tranquilas, transparentes, do que acontece, por exemplo, com o gasoduto que foi vendido pela Petrobras por US$ 90 bilhões e esse dividendo não veio para a União.”

O presidente da Câmara falou que o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, terá a oportunidade de responder às questões na Câmara.

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

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