Ex-presidente da petroquímica brasileira Braskem, o executivo José Carlos Grubisich foi condenado nesta terça-feira, 12, a 20 meses de prisão nos Estados Unidos. Grubisich teria desviado centenas de milhões de dólares da Braskem para um fundo secreto e pagou subornos a funcionários do governo e partidos políticos, segundo comunicado oficial da Justiça americana. Além de ter de cumprir a prisão, Grubisich terá de pagar US$ 2,2 milhões de indenização.
O executivo se declarou culpado em abril por participar de um esquema de propina que envolvia a Braskem e seu controlador, o grupo Odebrecht (hoje rebatizado Novonor). A sentença foi proferida pelo juiz Raymond Dearie, de Nova York – a divisão de corrupção internacional do FBI do Estado também participa o caso. “Grubisich e aliados desviaram aproximadamente US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, que Grubisich e outros geraram por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada controladas secretamente pela Braskem”, disse a Justiça americana, no comunicado que anunciou a sentença.
Grubisich foi originalmente detido ao chegar ao Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, em novembro de 2019, para uma semana de férias com a esposa. As acusações haviam sido definidas em fevereiro daquele ano e foram colocadas sob segredo de Justiça por oito meses para facilitar a prisão de Grubisich quando ele estivesse em solo americano, informou o DoJ no documento que justificou a prisão temporária.
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