Enquanto o Brasil, sob a gestão de Jair Bolsonaro, é marcado pelo desemprego, atingindo a marca recorde de quase 15 milhões de desempregados na pandemia, a Prefeitura de Lauro de Freitas, com a gestão de Moema Gramacho (PT), vai na contramão do cenário nacional e é um exemplo de como encontrar soluções nas adversidades para enfrentar esse cenário que prejudica tantos trabalhadores. O município se destacou na geração de emprego, liderando o Caged no primeiro semestre de 2021 entre as cidades da RMS.
De fevereiro a agosto, a Prefeitura saiu na frente com a oferta de trabalho, com destaques para o setor de serviços, seguido pela construção civil e indústria. No acumulado do ano, Lauro de Freitas finaliza o primeiro semestre com saldo positivo de 3.400 postos de trabalho, decorrente de 22.580 admissões e 19.180 desligamentos. Esse cenário reflete a política de trabalho, renda e emprego a da gestão, aposta de Moema para garantir o desenvolvimento socioeconômico da cidade, e já dá mostras da sua efetividade. Se guiando por essa política, foram priorizadas articulações com os setores econômicos para instalação de novos negócios, para fortalecimento das empresas existentes e o diálogo com as associações de classe.
“Esse resultado é fruto de um esforço coletivo de toda gestão de buscar não só gerar emprego, mas, ao mesmo tempo, trabalhar de forma a possibilitar oportunidades. O Programa Cidade Solidária, por exemplo, tem 16 ações voltadas principalmente para as pessoas que mais sofreram com a pandemia. Além disso, entregamos cartões de crédito para todos os servidores, o Credicesta, para ser utilizado somente em Lauro, e assim desenvolvemos a economia local”, afirmou a prefeita Moema Gramacho, que destacou ainda ações para estimular a agricultura local, com o programa Cio da Terra, pelo qual compra-se direto dos pequenos produtores.
Outra iniciativa que tem tido um retorno positivo é a criação de camelódromos, com a formalização de vendedores ambulantes. Em Itinga, um desses camelódromos já foi entregue com toda infraestrutura. “Nós temos hoje uma localização muito estratégica. Lauro é porta de entrada para o Litoral Norte, próxima de Salvador, tem metrô. São dois mil leitos de hotéis, estamos estimulando o turismo de negócios, já que a cidade é próxima do Aeroporto. E com isso, a gente desenvolve também a parte de ações de investimento”, disse Moema, que citou os novos empreendimentos instalados na cidade, como o Parque Shopping, que gerou cerca de quatro mil empregos diretos e indiretos, e o Mercado Livre, com 500 novos postos de trabalho.
A reinauguração da Casa do Trabalhador na cidade e a implantação de uma unidade modelo do SineBahia, em parceria com o Governo do Estado, são duas ações que fazem parte da Política de Geração de Emprego e Renda, e darão um novo impulso à economia, possibilitando mais oportunidades para a população. Com previsão de reinauguração para este semestre, a Casa do Trabalhador funcionará em breve como um espaço voltado para a realização de cursos de qualificação profissional permanente, com foco na formação de mão de obra qualificada e de acordo com as novas exigências do mercado de trabalho.
Mas até a conclusão das obras, os moradores de Lauro de Freitas continuam contando com o serviço de intermediação, e podem enviar currículos para o e-mail [email protected] ou entregar de maneira física na Setrel, no Centro de Administrativo de Lauro de Freitas (CALF). “O novo equipamento passará, portanto, a ser um espaço estratégico de nossas políticas de qualificação profissional, voltada para um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e exigente”, ressaltou o secretário da Setrel, Uilson Souza.
Já o SineBahia conta com investimentos do governo do estado, estrutura da Prefeitura e terá capacidade para oferecer serviços de intermediação para o trabalho, documentação e qualificação profissional. “A qualificação por meio do SineBahia e da Casa do Trabalhador e o Termo de Cooperação Técnica com setores econômicos do município, toda essa ação integrada gerou para a cidade melhores condições nessa fase de pandemia, abrindo possibilidades futuras. Lauro é uma cidade de oportunidades para os setores econômicos e para os trabalhadores”, afirma Souza.
O Termo de Cooperação Técnica com empresas, de incentivos progressivos e condicionado por meio da Sefaz, integra a estratégia de dar mais fôlego ainda à economia da cidade, e está vinculado à capacidade de geração de renda, emprego, criação de cadeia produtiva e geração de impostos. “Nossa expectativa é de que esse incentivo seja escalonado e a base principal é a geração de emprego formal. Por parte da Prefeitura, haverá cessão de área pública, de suporte na construção, até subsidiando contas de energia, mas todo esse suporte está condicionado ao vínculo que as empresas farão na economia local”, pontuou.
A criação de uma cadeia produtiva na cidade, na medida em que as empresas investem, aumenta a circulação de dinheiro na cidade, explica Uilson Souza. “Dessa forma, o desdobramento é natural, com geração de emprego. E isso cria círculo virtuoso de desenvolvimento, porque quando se coloca dinheiro pra circular, você gera mais possibilidade para a economia local. E o aumento dessa poupança estimula o crescimento de investimentos e de emprego”.
Empreendedores – A política pública de Lauro de Freitas vai além da garantia emprego formal, gerando também outras pactuações, que possibilitam gerar ocupação trabalho e renda, a exemplo das ações de grupos de trabalho que passam pela produção de alimentos, Cidade Econômica e Programa Cidade Solidária e Sustentável. “A Setrel é voltada também para dar suporte a empreendedores e aquela parcela da população que não está dentro do trabalho formal”, ressalta Júlio Santana, coordenador de Economia Solidária.
A principal atuação da coordenação foi construir o programa de geração de renda. Assim, identificou-se que, em mais de 50 anos de emancipação de Lauro, nunca havia sido implantado um programa voltado para a geração de renda em todas as suas dimensões – desde a formação do empreendedor, passando pelo financiamento e chegando à comercialização de produtos, três principais pilares do empreendedorismo. A partir desse diagnóstico, foi iniciado o mapeamento das principais cadeias produtivas – artesanato, gastronomia, agricultura familiar, além da piscicultura, a construção civil. Essa última, inclusive, vem sendo fomentada pela Prefeitura em parceria com o Banco do Nordeste.
“O que nós fizemos? A partir das cadeias produtivas, começamos a formar esses empreendedores com assistência técnica sobre precificação, acesso a mercado, marketing e rede social”, afirmou o coordenador de Economia Solidária. No total, são 280 empreendedores cadastrados. Com a formação dos empreendedores e do perfil e potencial dos seus negócios, eles são encaminhados para agência do CrediBahia, programa de microcrédito do Governo da Bahia, em parceria com Prefeitura e Sebrae, para oferta microcréditos orientados, variando de R$500 a 10 mil reais. Os juros de 2% são subsidiados pelo Fundo de Combate à Pobreza de 2%, gerenciado pelo Desenbahia.
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