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FALAR QUE O PT É CONTRA IMPEACHMENT DE BOLSONARO É “INSANIDADE”

Redação - 08/10/2021 15:40 - Atualizado 08/10/2021

O ex-presidente Lula garante que o PT é a favor do impeachment de Jair Bolsonaro, mesmo que muitos analistas considerem que o partido se beneficia da polarização atual. Segundo o petista, o argumento é uma “insanidade” e atribui a responsabilidade ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que decide por pautar ou não os pedidos de impedimento que chegam à Casa.

“Dizer que o PT é contra o impeachment é de uma insanidade… A pessoa que fala que o PT é contra o impeachment poderia perguntar porque o Lira não coloca em votação. Não é a Gleisi [Hoffmann, presidente do PT] que pode colocar em votação, ela está magrinha de tanto gritar impeachment, fora Bolsonaro”, disse.

“O PT não precisa, sinceramente [destas críticas]… É o único partido político que não tem que dizer que é o fora Bolsonaro e quer impeachment. O presidente da Câmara tem mais de 130 pedidos e pode colocar pelo menos um [para andar no Congresso]”, acrescenta.

A tese ganhou força nos últimos dias com a ausência de Lula no ato contra o governo Bolsonaro e pelo impeachment no último sábado, 2. Aos 75 anos, o ex-presidente admitiu que ainda não se sente seguro para participar em uma manifestação em razão da pandemia de Covid-19, e que também não deseja transformar o protesto em “atos políticos”. As informações são do UOL.

“Não queria e não vou contribuir para transformar atos em atos políticos porque a hora que eu subir no caminhão estará subindo o primeiro colocado em todas as pesquisas de opinião pública que pode ganhar no 1º turno”, disse Lula, que alega ter uma responsabilidade maior por ter grande representatividade eleitoral.

“Uma coisa é subir no caminhão um candidato que tem 2% dos votos, Outra coisa é subir no caminhão um candidato que tem 47%, 45%, 51%, 53% [das intenções de voto]…. Depende do viés da pesquisa. Tenho essa responsabilidade, porque quando eu subir no caminhão não é para descer mais”, completou.

O petista admitiu que ainda analisa a possibilidade de participar do ato programado para o dia 15 de novembro e que tem ouvido especialistas da área de saúde para tomar uma decisão. “Eles que falam ‘presidente você não deve ir, enquanto não houver segurança científica. Você já tem 75 anos de vida, idade de risco, não deve ir, não vai fazer falta porque estará representado por Gleisi'”, assegura.

 

 

 

 

Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

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