O silêncio do Presidente Bolsonaro acerca da revelação de que Paulo Guedes mantém empresa em paraíso fiscal, com quase 10 milhões de dólares em caixa tem levantado rumores em Brasília sobre a possível saída do ministro do governo. O jornal Folha de São Paulo afirma que Guedes passa pelo seu momento de maior isolamento na Esplanada e no Palácio do Planalto R que o fogo amigo nos corredores do Planalto se intensificou nos últimos dias com auxiliares do presidente Jair Bolsonaro usando o episódio da offshore para aumentar a fritura e sugerir a saída do ministro.
Conselheiros do presidente afirmam que afirmam que Guedes não tem conseguido emplacar soluções para reverter o quadro de crise econômica, e, principalmente, para a implementação do Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família. O auxílio emergencial acaba no dia 31 de outubro e ainda não há uma solução para aumentar o valor do pagamento no Auxílio Brasil nem para manter todas as famílias beneficiárias do programa criado na pandemia da Covid-19.
No Planalto, o titular da Economia enfrenta um “paredão” de ministros contra ele —a sua demissão, inclusive, já foi sugerida por alguns pares ao próprio Bolsonaro. Diante das dificuldades de aprovar medidas para pagar o Auxílio Brasil no Congresso em 2022, uma ala majoritária de auxiliares palacianos tem defendido furar o teto de gastos —que limita o crescimento das despesas à inflação—, algo rejeitado por Guedes.
E os deputados, inclusive do Centrão, há muito tempo pedem a cabeça do Ministro e não foi por outro motivo que a convocação do ministro para explicar perante o plenário a manutenção de sua offshore saiu tão fácil.
Mas assessores do ministro avaliam que as revelações da offshore não devem levar à saída de Guedes do governo. Dizem acreditar ainda que ele seja visto como importante avalista junto ao mercado. Com informações da Folha de Sâo Paulo.