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EMPRESÁRIOS RELATAM PREJUÍZO COM QUEDA DE REDES SOCIAIS

Redação - 06/10/2021 07:12

Imagina só você trabalhar vendendo marmitas pelo WhatsApp e, em pleno horário do almoço, o aplicativo de mensagens para de funcionar. Foi exatamente isso o que aconteceu na empresa de Lilian Lacerda, sócia da Marmitaria Salvador. “E logo na primeira segunda-feira do mês, quando a gente vende mais, normalmente, pois as pessoas estão com dinheiro na mão”, disse. Por causa da pane que atingiu Facebook, WhatsApp e Instagram na segunda-feira (4) durante cerca de sete horas, ela relata ter deixado de faturar, no mínimo, mais de R$ 5 mil.

“Eu não tenho como lhe dizer com precisão, pois não vou considerar os clientes que não entraram em contato por já saberem do problema. Mas hoje (terça, 5) de manhã tinha 30 mensagens sem responder. Se todos esses tivessem pedido apenas o kit de 10 pratos, que custa R$ 169, nosso prejuízo saiu em mais de R$ 5 mil”, contou Lilian. É que, sem o WhatsApp, a empresa não conseguia receber novos pedidos e teve que encerrar o expediente.

“Só com quem a gente estava conversando que ligamos para finalizar a compra e fizemos a entrega, mas não teve como receber pedidos novos. Apesar de termos o site, os pedidos sempre são enviados por mensagem de WhatsApp para ser confirmado. Tivemos que parar de vender”, lamenta.

A empresária Silvia Fernandes, dona da California Stuffed Pizza, também teve impactos significativos. Ela estima que deixou de faturar R$ 3,1 mil com a queda das redes sociais. “Eu trabalho com o serviço presencial, mas o foco é o delivery. Normalmente, eu não vendo menos que 30 pizzas numa segunda-feira, que para mim funciona quase como um domingo. Mas ontem só vendi oito unidades”, lamenta.

Com a demora na normalização do serviço, Silvia chegou a pensar em fechar a pizzaria. “Alguns ainda ligavam para o fixo, mas era aquele caos. Tinha cliente que não tinha paciência de fazer todo o pedido por telefone, pois o cadastro já estava na rede social. Foi muito complicado mesmo”, diz. A situação de Silvia é pior, já que ela não abre a pizzaria às terças-feiras. “Ou seja, são dois dias praticamente sem faturamento”, conta.

Mas houve também empresas que não funcionam nas segundas-feiras que foram impactadas. A Melt Burguer, por exemplo, já não ia fazer nenhuma venda ontem, mas deixou de fazer a propaganda voltada para terça-feira. “Sempre que a divulgação é menor, a venda é menor. Preparamos todo um projeto de divulgação para as promoções de hoje que não conseguimos tirar do papel. Eu estimo que as vendas sejam até 40% a menos por causa disso”, explica Michele Duran, dona da hamburgueria.

Foto: divulgação

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